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Venda de Evanilson demonstra necessidade e ideologia do Fluminense nos últimos anos

Foto: Fluminense/Divulgação

As joias do Fluminense não conseguem se perdurar por muito tempo nas Laranjeiras. Mais um destaque do Tricolor entrou para a vasta lista de nomes, que pouco jogaram no profissional do clube e, agora, tomará rumo à Europa. Vice-artilheiro do Flu nesta temporada, com 10 gols, Evanilson vestirá a camisa do Porto, de Portugal. O clube carioca, que detém 10% do atacante, mas com a taxa vitrine (20%) vai ficar com 30%, vai levar cerca de R$ 13,5 milhões do negócio, de acordo com o “ge”.

O Esporte News Mundo levantou os nomes de Xerém já vendidos nos últimos anos. Evanilson é mais um garoto a entrar para lista, que agora contém 20 nomes. Isto evidencia a necessidade financeira do clube. Com os 30% da venda do atleta, o Fluminense com certeza tentará equilibrará as contas. O Tricolor faz belo trabalho em revelar, apesar disso, não consegue aproveitar o maior do potencial das suas “crias”. Essa ideologia em vender rapidamente os jovens é bastante questionável e reflete a necessidade.

Em 2010, o Fluminense perdeu Wellington Silva, na época vendido ao Arsenal. O clube carioca vendeu o atleta antes completar 18 anos, antes de aproveitá-lo pelo time profissional. Além dele, Alan foi para o Red Bull Salzburg. Da mesma geração de Alan, Maicon Bolt foi vendido em 2010 ao Lokomotiv Moscou, da Rússia, por R$ 10,3 milhões. Em 2012, a revelação foi para lateral. Wallace foi para Inglaterra pelo valor de R$ 15 milhões para vestir a camisa do Chelsea. Hoje, o atleta está no Figueirense, mas se recupera de lesão no joelho.

Os irmãos gêmeos Rafael e Fábio foram vendidos ao Manchester United antes mesmo de jogarem profissionalmente pelo Fluminense. O clube inglês se interessou nos garotos em uma passagem do time infantil tricolor na Inglaterra em 2005, e fechou um acordo com ambos, que só puderam se transferir oficialmente em 2008, ao completarem 18 anos.

O lateral-direito, Fabinho, foi vendido pelo Fluminense ao Rio Ave, de Portugal, em 2012, por R$ 1 milhão. No ano seguinte, foi emprestado ao Real Madrid B, onde disputou a segunda divisão espanhola. No mesmo ano, chegou a atuar em uma partida do Real Madrid principal. Em 2014, foi emprestado ao Monaco, sendo contratado em definitivo no ano seguinte.

Em 2013, a grande perda foi Wellington Nem, negociado com o Shakhtar Donetsk em junho por R$ 26,5 milhões. Samuel sai em 2014 por empréstimo para o LA Galaxy, mas ainda retorna, sai novamente e tem a última passagem em 2016. Biro-Biro foi emprestado para a Ponte Preta para ganhar mais rodagem. Em 2015, o Fluminense vende o meia Gerson para a Roma, da Itália, por R$ 60 milhões. Em junho de 2015, Kenedy foi vendido por 10 milhões de dólares (R$ 31.265 milhões, na época) para o Chelsea.

Em 2017, o Fluminense não passou em branco. O zagueiro Marlon, com grande potencial, foi vendido ao Barcelona (ESP) em janeiro por cerca de R$ 20 milhões, na época. Em julho deste ano, mais uma saída importante. Richarlison saiu para o Watford, da Inglaterra, por 12,5 milhões de euros (R$ 46,2 milhões, na época).

Em 2018 foi quando o clube teve a maior debandada. O lateral-esquerdo Ayrton Lucas, de 21 anos, foi vendido por  cerca de 7 milhões de euros (mais de R$ 30 milhões) para o Spartak Moscou. No fim de 2018, Marcos Júnior, com poucas chances naquele momento, foi para o Japão. Também neste ano o Flu vendeu o jovem João Pedro para o Watford, em outubro, em um negócio que podia chegar a 10 milhões de euros (R$ 44,6 milhões, na época). Ele foi para a Inglaterra apenas em janeiro de 2019, pois era menor de idade. Calazans, cria da base, foi negociado com o São Paulo em maio. 

Além deles, o volante Wendel foi transferido para o Sporting, de Portugal, que assumiu 100% dos direitos do atleta. Em setembro, foi a vez do atacante Pedro ser negociado com a Fiorentina, da Itália. Um dos destaques da equipe, ele, que hoje está no Flamengo, foi vendido por 8 milhões de euros (R$ 36,5 milhões, na época). Em 2019, um zagueiro que foi alvo do futebol europeu. Ibañez foi vendido ao Atalanta, da Itália, por 4 milhões de euros (R$ 17,2 milhões na época). 

Desde que o clube levou as categorias de base para Xerém, diversos foram os jogadores revelados por lá. Dentre eles, nomes de destaque como Marcelo, Thiago Silva, Carlos Alberto e Roger. A vitrine proporcionada pelo Tricolor é grande, o que leva muitos a deixarem o clube e ir para o futebol estrangeiro. A quantia chega a casa dos milhões é realmente pouco aproveitada na contratação de atletas para recompor o elenco. O dinheiro, que poderia ser melhor investido, recai sobre as dívidas do clube.

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