Futebol Internacional

Venda do Newcastle para fundo de investimento da Arábia Saudita é oficializada

Foto: George Wood/Getty Images

O Newcastle é o mais novo bilionário do futebol mundial. Nesta quinta-feira (07), a venda do clube inglês para um fundo de investimento da Arábia Saudita foi oficializada e, embora os valores não tenham sido divulgados, a imprensa do Reino Unido acredita que a transação girou na casa de 300 milhões de libras (cerca de R$ 2,2 bilhões na cotação atual). O valor investido no Newcastle faz o tradicional clube inglês alcançar um patamar financeiro superior aos de Paris Saint-Germain e Manchester City.

A negociação para a compra do Newcastle já se arrastava há pelo menos 18 meses e esteve muito próxima de ser concluída no meio do ano passado. No entanto, a transação não avançou por conta de uma suposta pirataria dos saudidas nas transmissões do Campeonato Inglês. Assim, a Premier League, ao lado do governo inglês, decidiu não aprovar a venda.

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Com a confirmação nesta sexta-feira, centenas de torcedores do clube se reuniram nas ruas da Inglaterra para celebrar a entrada de um investidor financeiro tão poderoso. Além disso, os torcedores também ficaram satisfeitos já que Mike Asheley, ex-dono do clube, era acusado de não fazer uma boa gestão, deixando o Newcastle em situação complicada nas principais competições.

O grupo que adquiriu o Newcastle é basicamente liderado pelo governo saudita. O príncipe herdeiro do país, Mohammad bin Salman foi quem indicou Yasir Al-Rumayyan a um dos cargos de maior responsabilidade no Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita. Apesar disso, a Premier League fez questão de dizer que o governo saudita não vai comandar o Newcastle.

Existe a suspeita de que a compra do clube inglês seja mais um mecanismo de “Sportswashing”, quando um governo, na maioria das vezes ditatorial, utiliza o esporte, neste caso o futebol, para mascarar ou apagar ações que o governo não quer que o mundo saiba. A gestão de bin Salman na Arábia Saudita é acusada de perseguir mulheres e homossexuais, além de censura a imprensa. Outros casos de “Sportswashing” também já estão presentes no futebol europeu.

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