Nessa quarta-feira (14), Vittorio Medioli, atual prefeito da cidade de Betim-MG e ex-CEO do Cruzeiro, concedeu entrevista ao jornal “Super N 1ª edição” da Rádio Super 91,7FM. Durante a conversa, o empresário expôs suas visões quanto à diversos temas no clube, inclusive o expectativa do Cruzeiro se tornar uma S/A, ou seja, um clube-empresa.
Vale ressaltar que a diretoria azul estrelada aguarda um parecer favorável ao Projeto de Lei que foi aprovado na última terça-feira (13), pela Câmara dos Deputados e vem sendo discutido em Brasília. Confira o que foi dito:
— Se o Conselho não te autoriza, você não faz. O Conselho tem gente que representa exatamente quem quebrou o clube. Agora, se for uma S/A, onde a maioria de capital não depende do clube, que não é do sócio… Na S/A também o clube continua majoritário, mas quer encontrar alguém que bote dinheiro lá dentro para o clube administrar. O clube foi quebrado. Quem são os culpados? Não se sabe, ou se sabe, mas não se fala.
SOLUÇÕES
Para Medioli, as soluções para as dívidas consolidadas no Cruzeiro estão diretamente relacionadas com um possível investimento e a elaboração de um projeto para a profissionalização do clube:
— O Cruzeiro, até então, não tem projeto. Eu deixei lá um projeto e não foi discutido. Portanto, eu acho que o Cruzeiro ainda vai sofrer um “mucado”, por que a lei das S/A mantem a decisão dentro do clube, ou seja, não muda nada. É uma maneira de dizer “vamos ver se alguém investe aqui dentro”. Se Você fizesse uma S/A pura, seria altamente capitalizada dando uma credibilidade a uma marca como a do Cruzeiro, acredito que hoje, com a economia do jeito que “tá”, poderia chegar a quase R$ 1 bilhão de arrecadação, com a venda das ações. (…) Portanto, em dois anos, você poderia ter um Cruzeiro “zero quilômetro”.
Por fim, Medioli também ressaltou a importância de uma auditoria para as dívidas do clube e citou até o Atlético-MG, rival direto do Cruzeiro, como exemplo:
— Tem que ter uma auditoria da dívida, por que a dívida é podre e mais da metade some, é cheio de “trambique” lá dentro. Tem que fazer uma auditoria em praça pública, como fizeram no Atlético.
