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Volta de Cantillo sinaliza melhora na fraca criação do Corinthians

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

O meio-campista Victor Cantillo voltou a campo pela primeira vez após a parada devido à pandemia. Com o seu retorno atrasado por ter contraído a Covid-19, o colombiano só participou de 17 minutos no jogo de ida da final do Campeonato Paulista. Mesmo sem atuar desde março, sua presença melhorou a fluidez do jogo do Corinthians.

                 

Nesse período, Tiago Nunes testou Camacho e Éderson para compor o meio-campo ao lado de Gabriel. O segundo foi quem deu mais resultado, marcando três gols decisivos e ampliando o leque de possibilidades ofensivas do Corinthians. Entretanto, no Derby da última quarta-feira (05), em um jogo mais parelho, Éderson não se mostrou efetivo.

Estilo diferente e necessário

Cantillo é uma peça primordial para o que o treinador alvinegro almeja com a equipe. Mais do que o resultado, a maneira de conquistá-lo. Éderson não é um tipo de jogador ágil e móvel o suficiente para imprimir uma rotação de bola incisiva com o time. O colombiano, por sua vez, é o tipo de jogador que vai de encontro à jogada, dá opção e faz o jogo avançar.

Contra o Palmeiras, Éderson participou pouco. Segundo dados do SofaScore, teve, em média, 0.5 toque na bola por minuto. Cantillo, por sua vez, foi mais ativo: 1.17 toques por minuto. Enquanto esteve em campo, o colombiano também acertou dois lançamentos, enquanto Éderson esteve zerado nesse quesito durante a partida.

Vale lembrar, também, a quantidade de desperdícios do jovem volante. Foram oito perdas de bola ao longo do jogo, algumas providenciais que armaram ataques palmeirenses. Além disso, Éderson não se mostrou um jogador que busca a bola para avançar e ser o catalisador do time. Foram apenas 25 passes certos em 73 minutos jogados – já Cantillo, 14 em 17 minutos.

Os números apoiam

O estilo de progressão do Corinthians precisa de um jogador que conduza a bola entre as intermediárias. Gabriel tem se mostrado um bom passador, mas precisa ocupar um setor no campo para a defesa. Camacho tenta dar essa verticalidade, mas mais com passes do que com movimentação. Éderson avança sem a bola, dando mais uma opção à linha de frente, mas desfalca o setor de transição. É Cantillo quem melhor ocupa essa função.

O colombiano é um ótimo passador e consegue progredir com o time tanto com a bola no pé quanto com tabelas e movimentação sem a bola. Além de tudo, é alguém que combina volume e bom aproveitamento quando é acionado. No meio-campo, só fica atrás de Gabriel em toques na bola por partida, com 69.7. Junto a isso, só perde a bola, em média, 8.4 vezes por partida – longe dos 19.6 erros de Fagner ou 12.9 de Luan.

Mais do que apenas ajudar a criar, também tem boas atuações defensivas. Inclusive, comparado com Gabriel, um volante lembrado pelo seu poder de marcação, Cantillo leva vantagem. O brasileiro vence, em média, 5.1 disputas de bola por partida, com 48% de aproveitamento. O colombiano, com 4.9 divididas vencidas por jogo, tem uma taxa de sucesso de 59%. Há, também, uma maior precisão nos duelos pelo chão (64%) e pelo alto (48%) em relação a Gabriel (52% e 35%, respectivamente).

Cantillo é destaque nos dois lados do campo. Não é o “volante pitbull”, mas defende bem. Não é o cara das assistências, mas dá o penúltimo passe com qualidade. No Derby decisivo, neste sábado (08), sua presença pode ajudar Tiago Nunes a levantar seu primeiro troféu como treinador do clube.

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