Vasco

Zé Ricardo se identifica com pressão vivida no Grêmio e projeta confronto difícil: ‘O momento de pegar eles talvez seja o pior possível!’

Foto: Daniel Ramalho/CRVG

Nesta quinta-feira (2), o Vasco recebe o Grêmio em São Januário, às 20h, pela 10ª rodada da Série B. Visando o confronto, Zé Ricardo falou um pouco sobre o momento delicado que vive o adversário e fez um paralelo geral da situação dos técnicos no Brasil, já que o próprio sofre pressões recorrentes e Roger Machado corre risco de demissão em caso de derrota.

Na coletiva de imprensa que rolou no CT Moacyr Barbosa nesta quarta-feira (1), Zé Ricardo alertou sobre o confronto contra o Grêmio, apesar da má fase adversária. O Tricolor está em 5º lugar, com treze pontos (quatro atrás do Vasco), mas não vence há quatro rodadas.

O momento de pegar o Grêmio talvez seja o pior possível. Sabemos a camisa pesada que eles têm, querem mudar essa situação. O Vasco até pouco tempo atrás passava por esse mesmo momento. Hoje estamos buscando uma posição que buscamos estar na competição, principalmente no final. Máximo respeito ao adversário, máximo respeito ao jogo. Uma grande partida, grande desafio. Espero que possamos ter um bom desempenho em casa” – disse Zé.

Ao falar do momento instável do Grêmio, Zé Ricardo aproveitou pra falar um pouco da pressão que sofreu – e ainda sofre, porém, amenizadas pelos resultados – no comando do Vasco.

Já foi um momento de pressão, principalmente na estreia contra o Vila Nova. E foi a mensagem que levei para o segundo jogo, contra a Ponte Preta. Estamos cascudos, agora ninguém pode mais se incomodar com isso. Temos que criar uma barreira para aproveitar energia, que vai vir certamente se a gente jogar bem, que é o que está acontecendo agora. Todas as equipes levam um tempo para amadurecer, algumas dão química mais cedo, outras levam um pouco mais. O tempo para o trabalho é o que favorece para encontrar as melhores opções. Temos um grupo jovem, menor média de idade da Série B. Tudo isso influencia. Lógico que cada um reage de uma forma a uma crítica, a um elogio. Não podemos nos empolgar na vitória nem nos depreciar num resultado negativo. Esse grupo certamente está sendo criado numa situação especial, é um privilégio estar vivendo isso aqui no Vasco” – relatou.

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Zé também aproveitou para se solidarizar com o momento instável vivido por seu companheiro de profissão, Roger Machado, e aproveitou para dar sua visão de como a gestão de técnicos é feita aqui no Brasil.

Precisamos realmente, como comunidade de futebol, mudar a chave e a mentalidade. Precisamos entender que todo trabalho precisa de um tempo para madurar. Invariavelmente os trabalhos com tempo acabam colhendo os melhores frutos. Temos uma realidade diferente da do Grêmio, diferente de outras equipes. Lógico que estamos buscando diariamente evoluir e crescer.” – criticou.

Ainda prevendo o confronto desta quinta, Zé Ricardo abordou alguns pontos interessantes na coletiva, como por exemplo a possibilidade de Getúlio pintar entre os titulares, algumas possíveis mudanças e o perigo chamado Diego Souza. Veja os trechos abaixo:

GETÚLIO

Na questão do Getúlio, é difícil dizer em palavras simples. Getúlio e o Raniel são pessoas tão simples e sensacionais nessas questões de entender o momento um e momento do outro. Às vezes tenho cuidado para falar com eles, e eles agem com uma naturalidade incrível. “Professor, se precisar dar uma oportunidade para o Getúlio, está tranquilo”. Raniel passou por muitos problemas no ano passado e fez sete jogos apenas. Ele já está com mais de 20 jogos, artilheiro da equipe. Tenho certeza que o sucesso do Vasco vai passar pelos pés do Raniel também. Ele entende de forma tão natural, se o Getúlio começa jogando, se o Zé Santos começa, se o Figueiredo começa, isso acontece de forma tão natural. Não tem esse tipo de cobrança, de cara feia. Eu bato muito com eles que o objetivo coletivo é o objetivo coletivo. Se conseguirmos isso, a vitória vem à reboque.

MUDANÇAS

O Raniel na semana retrasada perdeu uns dias de treinamento, teve que demorar um pouco mais. Na semana passada também ficou fora uma ou duas sessões de trabalho. Vem de um ano que jogou pouco e está sendo muito exigido aqui com a gente. Como a gente tinha o Weverton, na ausência do Gabriel Dias, ele passa mais no corredor lateral. A gente teve a ideia de colocar o Palacios, que tem um entendimento melhor. A ideia era juntar esses três jogadores (Palacios, Nenê e Raniel) no jogo anterior com a ultrapassagem do Weverton, com coberturas do Yuri e do Andrey. Isso acabou acontecendo em alguns momentos, mas é uma amostra muito pequena, ainda jogaram pouco. Estamos buscando o melhor entrosamento, não abandonei a ideia de usá-los mais vezes juntos. Mais importante do que os jogadores é saber a maneira como vamos jogar. As formas e os comportamentos estão se unificando, isso que é o mais importante nesse momento.

DIEGO SOUZA

Se você contrata o Diego Souza vai conseguir com regularidade 15, 20 gols. Os números mostram isso. É um jogador que tem que ter cuidado o tempo todo, sabe o caminho do gol. O que chama atenção no Diego é que a bola vem ali no meio de todo mundo, e ele domina na maior tranquilidade, como se não tivesse ninguém. Temos que ter todos os olhos nele, toda a atenção. Certamente é uma das forças que a equipe do Roger tem.

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