O tenista austríaco Dominic Thiem disse em entrevista ao jornal Kronen Zeitung que é contra o fundo de solidariedade “Player Relief Programme”: programa criado pela Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês), Associação de Tenistas Profissionais Feminina (WTA), Associação de Tenistas Profissionais (ATP) e dos quatro Grand Slams, que pretende “fornecer a assistência necessária aos jogadores particularmente afetados durante a crise do coronavírus (covid-19)”.
O fundo em questão foi impulsionado pelos três maiores tenistas em atividade atualmente: Roger Federer, Novak Djokovic e Rafael Nadal. A intenção é ajudar outros jogadores em dificuldades econômicas causadas pela pandemia do coronavírus. Mas Thiem, pensa de forma diferente.
“Nenhum desses jogadores luta para sobreviver. Durante o ano, vejo muitos que não dão tudo ao tênis. Muitos não são profissionais, não vejo porque lhes dar o meu dinheiro”, disse. Thiem, de 26 anos, acumula US$ 28,3 milhões (R$ 160 milhões) em premiações de torneios na carreira, sendo US$ 1,7 milhão (R$ 9,51 milhões) só neste início de temporada.
“Prefiro fazer doações a pessoas ou instituições que precisem mesmo. Nenhum trabalho no mundo garante um grande sucesso no início da carreira, nenhum dos jogadores do topo teve isso assegurado e temos de lutar para subir no ranking”, acrescentou
Toda as atividades do tênis pelo mundo estão suspensas pelo menos até 13 de julho devido à pandemia. Inclusive o Grand Slam de Wimbledon que estava previsto para ser disputado entre 29 de junho e 12 de julho e foi cancelado pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
Foto: Divulgação/Rio Open