Seleção Brasileira

Tite esconde escalação da Seleção, mas diz que vai manter a base diante do Peru

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Foto: Reprodução/CBF TV
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A escalação é sempre o que seduz os jornalistas em coletiva de imprensa e todo treinador procura esconder. Não é diferente de Tite, técnico da Seleção Brasileira. Ele não quis revelar a escalação do Brasil para o duelo contra o Peru, nesta terça-feira, às 21h. O duelo, válido pela segunda rodada das Eliminatórias, que acontece no estádio Nacional de Lima.

– Nós temos uma série de atletas de alto nível, eu tenho uma equipe montada, mas não quero falar. Os atletas já sabem desde ontem. A base permanece, as ideias permanecem. Mas não quero municiar o Gareca. Você troca uma característica do atleta e já traz uma adversidade – disse o treinador.

A provável escalação da Seleção para enfrentar o Peru é: Weverton, Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Renan Lodi; Casemiro e Douglas Luiz; Everton (Richarlison), Philippe Coutinho e Neymar; Roberto Firmino.

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Tite também falou sobre a seleção peruana e destacou as virtudes do adversário. O treinador, que completou 50 jogos pela Seleção Brasileira, espera uma sequência positiva para a amarelinha.

– O significado de nós vencermos contra o Peru é o mesmo que nos venceu no amistoso também. Adversário importante, grau de dificuldade técnica e física superior ao que enfrentamos. Temos que ter essa capacidade de contextualizar. Não estou pensando muito nos 50 jogos, penso numa ideia de futebol e que a equipe jogue muito. Que tenha a consciência que tem que criar e fazer gol, ser dura e dificultar ao máximo o adversário, se possível não tomar gol e que traduza isso em vitórias. A forma também anímica, com que a equipe se traz ao longo desse tempo vai se moldando. Em três, quatro momentos teve as Eliminatórias, Copa do Mundo, amistosos, Copa América. E agora uma retomada. É um tempo muito grande, seis meses te faz um atleta evoluir.

TRECHOS DA COLETIVA:

NEYMAR

Ele está normal, treinou bem hoje, ontem, já sem nenhum problema (físico). A respeito da parte técnica, dessa liberdade maior, de flutuar para ser um jogador de articulação, ser agudo, de flanco, de lado, isso também favorece. Quando falo que favorece o jogador criativo o Juninho olha para mim e abre um sorriso, ele gosta de jogadores criativos porque era dessa forma. Essa adaptação, até pelo próprio PSG, que vinha trabalhando dessa forma. A gente tem que ter a sensibilidade de poder trabalhar esse espaço pelo qual ele vem fazendo no seu clube.

Tenho certeza que se aparecer outro em condições melhores ele vai dar a bola. Objetivos individuais, quando agregam a equipe, são bons. Não é pecado fazer gol, não é pecado chegar numa marca. Estou falando em termos genéricos. Não é pecado passar a marca do Ronaldo. Dentro do espírito solidário da equipe isso é legal. É mais significativo.

THIAGO SILVA

Jogando em alto nível, o lado humano, os valores morais que têm o credenciam a isso. O que vai dizer onde ele vai, o tempo, é o desempenho. É a qualidade, o nível da competição que ele enfrenta. Isso que vai determinar. É impossível projetar Seleção em dois anos, nem aqui se projetam seis meses. Quero, torço que mantenha esse nível, independentemente de nomes. Dou exemplo do Daniel Alves que foi escolhido o melhor da Copa América voltando de lesão. Não há nem preconceito para um jovem, como o Rodrygo, Gabriel Menino, nem para um mais experiente.

SELEÇÃO PERUANA

(Cleber Xavier fala) Eles trabalham muito pelo lado esquerdo com construção, movimento, passes, infiltração, jogadores como Trauco, Yotún, de boa qualidade. Lado direito com força, com Carrillo, passagem do Advíncula. É um time que tem um perde e pressiona muito forte, a marcação do meio é muito agressiva. E a transição ofensiva é muito rápida também. Equipe que é competitiva e com qualidade, uma vez que participou da última Copa e foi para a final da Copa América.

DOUGLAS LUIZ

A gente vê como conhece o atleta no convívio do dia a dia. Ele tinha menos tempo jogado com a Seleção, mas os treinamentos e o acompanhamento das equipes vão nos dando informações. A conversa com o Paulo (técnico de base na CBF), o Jardine (sub-20 da CBF), jogadores que foram e estiveram com ele em situações importantes. Lembro que fomos assistir treinamento do Douglas no Girona. Isso já vem de um longo tempo, então ele teve tranquilidade para desenvolver. O desafio é manter o mesmo padrão. A característica dele é o que abastece Neymar, Lodi, dá sustentação para dar ponto de equilíbrio.

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