Campeonato Brasileiro - Série B

A2, mercado e permanências: o planejamento da Ponte para 2023

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Foto: ÁlvaroJr/PontePress
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A Ponte Preta sonhou com o acesso após a grande reação vivenciada no returno, mas os últimos resultados frustraram os planos maiores da equipe. Agora, faltando poucas rodadas para o fim da Série B do Campeonato Brasileiro, a Macaca iniciou o planejamento para o próximo semestre.

Após o empate amargo contra o Vila Nova, o técnico Hélio dos Anjos minimizou o resultado trazendo uma visão ampliada do que foi a temporada para o time alvinegro: cheia de altos e baixos, desconstrução e obstáculos dentro e fora de campo. Para ele, todo o processo vivenciado pela instituição é um ponto necessário que pode ser mais trabalhado.

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— Vejo que a equipe se construiu dentro da competição. Entramos moralmente em baixa, com descenso e mudanças radicais. Estou feliz com minha equipe. Muitas vezes não temos a melhor técnica dentro do jogo, mas temos, acima de tudo, uma dedicação muito grande. Meus jogadores passaram por um processo dentro da temporada muito difícil e não tem sido simples a vida dentro daquilo que almeja a Ponte Preta e eu cobro diariamente — pontuou o treinador.

Em 2023, o time campineiro irá participar do Campeonato Paulista A2. Apesar de não ter certeza sobre a sua permanência no comando, Hélio, desde setembro, revela sua vontade de disputar o torneio com foco no acesso, escritas que conseguiu em 93, com o Santo André, e em 94, com o XV de Piracicaba. O técnico acredita que o alvinegro tem elenco para competir de igual para igual.

— Tenho certeza que a Ponte Preta tem um time acima da média na divisão. Isso, para mim, dá uma tranquilidade muito grande. Esse é o processo de trabalho que construímos com o presidente, diretoria, comissão técnica e funcionários. A Ponte Preta tem condições de iniciar com um time muito forte — afirmou.

Hélio também já deixou claro que os destaques da equipe (Lucca, Sanches, Elvis e Everton) querem ficar. Por outro lado, contou que a ideia da diretoria é uma reformulação, optando por manter os comprometidos com os objetivos do próximo semestre e dispensar os mais alheios. Além disso, o clube já está no mercado para buscar reposições de peso, fator que, para Hélio, é o ponto-chave para a evolução de qualquer time.

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— Quem tem que sair por vários motivos, o mais breve possível irá sair. O clube já está buscando jogadores e isso é natural, a pesquisa tem que acontecer. Uma equipe como a Ponte Preta vai ao mercado mais cedo este ano, em novembro, quando vai aquecer muito. O clube tem que fazer algumas mudanças dentro do elenco. Temos alguns jogadores totalmente identificados com o objetivo e outros que, naturalmente, tem um processo diferente e a vida que segue — destacou.

O atual treinador da Ponte finalizou com uma crítica direta ao sistema de contratação no Brasil. Sempre decidida por agentes, é a causa de muitos problemas financeiros que podem surgir depois. Pensando nisso, Hélio garante um processo diferente, visando beneficiar o clube e seu torcedor.

— A Ponte vai fazer um processo diferente. Se eu tiver dentro do esquema de trabalho, quero influenciar nesse processo de formação de elenco. Eu não contrato jogadores baseado apenas em números, mas com ele sabendo do vestiário, dia a dia (e tendo) comprometimento. Não pode perder dinheiro, qualquer contratação tem que ser muito bem pensada — completou.

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