Futebol Internacional
Agente que teria participado de esquema que desviou dinheiro do Benfica é ligado a empresário brasileiro, diz jornal
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Na última quarta-feira (07), com a detenção do presidente do Benfica, Luís Felipe Vieira, o clube da capital portuguesa viveu um momento de instabilidade. De acordo com as informações publicadas pelo jornal “A Bola”, com base no mapa de comissões revelado pela Federação Portuguesa de Futebol, o esquema que levou à investigação sobre o presidente do Benfica, teve a participação do empresário Bruno Macedo (também detido), que é ligado ao brasileiro Giuliano Bertolucci. No esquema que foi montado com base no aumento no valor das comissões referentes a venda de jogadores, existe a suspeita de um desvio de cerca de 2,5 milhões de euros do Benfica.
Ainda de acordo com a publicação portuguesa, o Benfica quebrou, na temporada passada, o recorde de investimento no futebol português, com uma fatura total na compra de jogadores de 105 milhões de euros. Deste valor, 68 milhões de euros foram gastos em negociações com atletas que tiveram diretamente a participação de Bruno Macedo. As contratações de: Darwin Nuñes (24 milhões de euros), Éverton (20 milhões de euros), Pedrinho (18 milhões de euros) e Lucas Veríssimo (6,5 milhões de euros). Todos os três brasileiros foram representados por Giuliano Bertolucci nas negociações.
No mapa de comissões revelado pela FPF, há a informação de que as comissões pagas pelas transferências de Éverton, Lucas Veríssimo e Pedrinho foram passadas à empresa Bertolucci Assessoria e Propaganda Esportiva, que é gerida pelo brasileiro Giuliano Pacheco Bertolucci. A aproximação do empresário com Bruno Macedo se deu pelo fato de o português ter se tornado agente de jogadores e de treinadores na órbita de Giuliano Bertolucci.
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De acordo com a “RTP” e “Observador”, o Ministério Público suspeita que Luís Filipe Vieira teria desviado cerca de 2,5 milhões de euros do Benfica tendo a ajuda de Bruno Mendes, com ambos chegando ao acordo de que o empresário sempre participaria das transferências dos “Encarnados”. A investigação do Ministério Público sustenta que Macedo aumentava as comissões de maneira indevida e repassava essa quantia às empresas ligadas a Luís Filipe Vieira. Inicialmente as autoridades portuguesas miram as negociações dos paraguaios Derlis Gonzalez e Claudio Correa, além do brasileiro César Martins. No entanto, as investigações podem chegar a outras negociações.
O dinheiro desviado no esquema, de acordo com o Ministério Público, foi usado para financiar o pagamento de créditos antigos e na compra de terrenos da Inland, além de outras empresas ligadas ao grupo empresarial de Vieira. As autoridades portuguesas seguem realizando investigações e ouvindo os principais acusados. A expectativa inicial é de que Luís Filipe Vieira perca o cargo de presidente do Benfica, sendo substituído por Rui Costa, atual vice-presidente do clube.