Análise: A caminhada do Fortaleza até a final da Copa do Nordeste 2022 em números

Na noite desse sábado (26), o Fortaleza derrotou a equipe do Náutico por 2 a 0 e conquistou a vaga para a final do Nordestão. Durante a competição, o Fortaleza foi líder dos principais índices positivos que são de comum análise, porém, alguns detalhes podem ser tirados desses números, de forma que possamos analisar pontos fortes e à melhorar dentro do elenco tricolor.

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Números gerais da equipe

• 1° em aproveitamento (73%)
• 1° em quantidade de vitórias (6)
• Equipe invicta (0 derrotas)
• 1° em gols marcados (2,4 por jogo)
• 1° em mais finalizações no alvo (6,7 por jogo)
• 1° em menos finalizações sofridas (2,6 por jogo)

Ao olhar os números, fica nítida a dominância aplicada pelo Fortaleza na competição. O primeiro lugar em aproveitamento, se dá pelo motivo de não possuir derrotas no torneio e ganhar boa parte de seus jogos, principalmente os que foram disputados dentro de casa. Um ponto em que a torcida tricolor não precisa se desesperar é o setor ofensivo, o Leão tem a maior quantidade de gols marcados e bem distribuídos entre os homens de frente.

A defesa vem conseguindo fazer partidas mais concretas, porém, ainda peca na parte da exposição a contra-ataques. Se não fosse pela explosão e velocidade de Marcelo Benevenuto, o Fortaleza poderia ter sofrido gols que alterariam, certamente, o rumo da competição.

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Outras estatísticas e suas relevâncias

Passes corretos: Marcelo Benevenuto (344), Titi (263); Lucas Lima (262).

Esse dado nos mostra, além de tudo, como funciona a construção e armação do Fortaleza. Os zagueiros são sempre participativos e jogam bem abertos para gerar espaço para a descida do volante, que receberá a bola de uma forma que a amplitude de linhas do adversário esteja descompactada. O motivo do zagueiro pela direita não aparecer nos números, é que tanto o Tinga como o Landázuri são jogadores mais verticais, que gostam de aparecer a frente e tentar lançamentos para a dupla de ataque.

Finalizações corretas: Romarinho (7), Moisés (7) e Pikachu (7).

Até o determinado momento, o fortaleza possui dois aspirantes a craque da competição, pela importância que tiveram em grandes jogos do torneio, que são Moisés e Pikachu. Ambos divergem muito em característica de presença, mas a principal dualidade é que Moisés joga para o espetáculo, e o Pikachu foi quem mais se dedicou nas partidas mais complicadas até aqui.

Desarmes: Matheus Jussa (18), Lucas Lima (16) e Titi (13).

No início do ano, se tivesse que apostar em um top-3 ou top-5 jogadores do Fortaleza que poderiam liderar esse quesito, jamais votariam que Lucas Lima estaria na segunda colocação. O meia se reinventou e tem se dado bem com essa mudança de estilo, de uma forma que se torna mais regente e responsável pelo meio campo.

Cruzamentos certos: Lucas Crispim (12), Lucas Lima (10) e Juninho Capixaba (06).

Assim como foi decisivo no ano passado, Lucas Crispim segue acertando muitos passes longos e cruzamentos que geram chances claras de gol, nesse ano, a taxa de conversão diminuiu, porém, ainda é uma jogada muito perigosa do tricolor e que pode decidir jogos.

Lançamentos corretos: Max Walef (22), Marcelo Benevenuto (17) e TInga (16).

No futebol moderno, os “chutões” dos goleiros vem sendo deixados de lado para saídas mais curtas, porém, a bola longa também é uma alternativa quando bem treinada, principalmente quando direcionada para os corredores laterais e desviada para o setor central. Max Walef vem executando bem o “jogo com os pés”, que por bastante tempo foi polêmico no Fortaleza pela constante comparação entre Felipe Alves e Marcelo Boeck nas temporadas anteriores.

Interceptações: Benevenuto (4), Pikachu (3) e Matheus Jussa (3).

Benevenuto segue sendo o principal nome defensivo da equipe e já salvou o time em diversas oportunidades na temporada, em especial nos jogos fora de casa. Além disso, é o único jogador do elenco que atuou em todas as partidas.

Dribles: Moisés (9), Romarinho (5) e Depietri (5).

O atacante Moisés chegou da ponte preta já com essa característica sendo apontada como a sua principal arma. O atleta vem desempenhando bem as jogadas em velocidade e os dribles, que estão sendo utilizados de uma forma vertical em direção ao gol. Romarinho e Depietri também não desperdiçam oportunidades de arrancadas e jogadas plásticas que resultam em bons lances.

Faltas cometidas: Lucas Lima (20), Jussa (19) e Ronald (13).

Esse status demonstra como Lucas Limas tem sido mais importante na defesa e tem participado mais da marcação, tem cometido mais faltas que os volantes justamente por ser um ponto de apoio em muitos contra-ataques do adversário.