Análise: Botafogo mostra sua força, tem grande atuação e a vence final do Brasileirão

O Botafogo venceu o Palmeiras por 3 a 1, na partida que era descrita como a final do Brasileirão. Os gols de Gregore, Savarino e Adryelson ajudaram o Alvinegro a retornar à ponta da competição e abrir uma vantagem de três pontos sobre o seu rival direto no topo da tabela. 

Com o resultado, o Glorioso chega aos 73 pontos conquistados. Por conta disso, precisa de uma vitória ou um empate nas próximas duas rodadas para voltar a conquistar o Campeonato Brasileiro depois de 29 anos. 

Mesmo com a final da Libertadores no próximo final de semana, o técnico Artur Jorge mandou a campo um time com força máxima e que é considerado sua equipe titular. As principais novidades foram os retornos de Alexander Barboza e Luiz Henrique, que estavam suspensos por conta de suas expulsões contra o Atlético-MG. 

Força mental para suportar a pressão inicial e eficiência

O Palmeiras começou o jogo sendo melhor e se impondo dentro do Allianz Parque. O ataque móvel e rápido que Abel mandou para campo conseguiu alcançar espaços na defesa do Alvinegro. A melhor oportunidade do Alviverde foi fruto de uma jogada de bola parada em que Gomez cabeceou perto do gol. 

Apesar da perda de Bastos, que deixou o campo após sentir uma lesão muscular, o ajuste da marcação botafoguense não ficou desajustado. Com isso, a defesa conseguiu manter o mesmo nível de atuação. 

Em sua primeira finalização na partida, a equipe de Artur Jorge abriu o placar em uma jogada de escanteio. Após uma sequência de dois escanteios, Alex Telles cobrou escanteio curto para Almada, que tocou para Gregore pegar de primeira e abrir o placar. 

Após o Botafogo abrir o placar, a partida ficou mais aberta. Por um lado, o Palmeiras chegou perto de empatar, Rony acertou a trave e John fez uma defesaça no cabeceio de Felipe Anderson. Por outro lado, a equipe de Artur Jorge chegou mais ao ataque e obrigou Weverton a fazer duas defesas importantes. 

Equilíbrio e bom uso do jogo mental

Após a volta para a segunda etapa, a partida continuou sendo equilibrada. O Alvinegro marcava bem e o Verdão passou a fazer inúmeros cruzamentos para a área, buscando Flaco Lopez. Mesmo assim, a marcação da equipe de Artur Jorge continuou funcionando e o atacante argentino só teve uma chance, que parou sem sustos nas mãos de John. 

Com o passar do tempo, o Botafogo usou a catimba para fazer o tempo correr e deixar o Palmeiras mais irritado na medida do possível. A cabeça quente se tornou na expulsão de Marcos Rocha ao acertar um tapa no rosto de Igor Jesus. 

Após isso, os comandos de Artur Jorge não deixaram o Alviverde se recuperar do baque e passaram a concentrar seus ataques pelo lado direito, onde havia muito espaço. Foi dessa maneira que o Glorioso ampliou. 

John repôs rápido e encontrou Igor Jesus aberto pela ponta. Ele ajeitou para Savarino, que saiu cara a cara com Weverton e bateu na saída do goleiro para marcar o segundo. Alguns minutos depois, Almada passou perto de marcar o terceiro.

No entanto, o terceiro só saiu no final da partida e com um jogador que ficou marcado no ano passado. Savarino cobrou escanteio e Adryelson veio de trás, cabeceou forte e marcou o terceiro.

O gol de Richard Ríos, que deveria ser anulado por interferência de um jogador que estava impedido na jogada, não tirou o brilho da grande atuação do Alvinegro. No final, o placar: 3 a 1 ficou mais do que justo pelo que foi a partida. 

Com o resultado, o Botafogo continua dependendo apenas dele mesmo para voltar a conquistar o Brasileirão após 29 anos. Nada está definido e a equipe de Artur Jorge ainda terá dois duelos difíceis diante de Internacional e São Paulo. 

Antes disso, o Glorioso terá uma decisão inédita pela frente e muda a chave para a decisão da Glória Eterna. No sábado, a equipe Alvinegra vai enfrentar o Atlético-MG, em sua primeira final de Libertadores, às 17h (horário de Brasília), no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.