Internacional
Análise: Os caminhos para Ramírez melhorar o Inter
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Miguel Ángel Ramírez está com a “corda bamba” no Internacional. O treinador espanhol não caiu no gosto da torcida e, após duas derrotas em Gre-Nais e atuações irregulares na Copa Libertadores, está sofrendo muita pressão por parte de algumas alas de torcedores.
A grande questão é fazer uma análise de expectativa x realidade. Ramírez chegou para mudar o alicerce do jogo do Internacional. Não tem mais um time reativo que busca o contra-ataque, como na Era Abel Braga. Agora o Inter é protagonista. Vai ter o controle do jogo e através da movimentação dos jogadores, chegar ao ataque.
O problema é: ele tem estes jogadores? Ao que tudo indica, não. Falta material humano para que o espanhol consiga implementar o modelo de jogo que gosta e encantou a América nos tempos de Independiente del Valle.
Então, como resolver? Há dois empecilhos para chegarmos à resposta para a pergunta. O primeiro é dinheiro. O colorado passa por dificuldade financeira e não tem condições de grandes contratações. Para chegar no Beira Rio precisa ser o mais barato possível. De preferência, algum jogador sem contrato ou vindo por empréstimo, com o clube arcando com os salários.
O segundo é tempo para treinar. Com a batida do futebol brasileiro, treinar é um luxo. E o Inter tem jogos quarta e domingo. E muitos deles, principalmente pela Libertadores, envolvem grandes deslocamentos. Só na Fase de Grupos, o time de MAR viajou para Bolívia e Venezuela. Não são viagens curtas e nem de fácil logística.
Respondendo a pergunta de dois parágrafos acima: somente com tempo e respaldo. A grande questão é saber se o torcedor colorado vai dar este tempo para que Ramírez possa evoluir junto com o time. Ensinar conceitos novos não é fácil. É só relembrar de nós mesmos, na escola, estudando algo. Uns conseguem assimilar facilmente. Outros nem tanto. No futebol é idêntico.