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Análise: os resultados da Copa do Brasil surpreendem?
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Em semana bastante agitada pela competição nacional, vários resultados foram classificados como as famosas “zebras”. Vitória, ABC, CRB… Todos eliminaram equipes da primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Além disso, o Atlético Goianiense eliminou o Corinthians sem sofrer um gol sequer.
No duelo entre Cruzeiro e a modesta Juazeirense, o time baiano passou nos pênaltis, após ter feito um bom enfrentamento tático com a equipe celeste enquanto o físico permitiu. Após ter sido goleado pelo Fortaleza de Vojvoda, o Inter enfrentou o Vitória com um nítido abalo psicológico, tendo esse fator contribuído bastante para a eliminação do Colorado, que acarretou na demissão do técnico Miguel Angel Ramírez.
O Corinthians sofre desde que assumiu a enorme dívida da Arena, com dificuldades para montar elencos e de definir como será o futebol praticado pelo seu time. Desde que tentou uma ruptura com as propostas mais similares de Tite e Carille, que sucederam Mano Menezes, o Timão tem ficado em um espaço vago, sem uma proposta muito bem definida. Sylvinho sofre por esse contexto em seu começo de trabalho, e agora busca um melhor controle do grupo em meio ao Brasileirão.
No que foi o resultado mais surpreendente entre os definitivos, o CRB eliminou o Palmeiras de Abel Ferreira após vencer o confronto de volta e levar o jogo para os pênaltis. Diogo Silva fez grandes defesas durante a partida, pegou cobranças na disputa e ainda deixou seu gol de pênalti em pleno Allianz Parque.
ABC e Criciúma eliminaram Chapecoense e América Mineiro, respectivamente, mais dois clubes da elite nacional, que jogaram de igual para igual contra os adversários de divisões inferiores.
O cenário atual do futebol brasileiro trás muitas equipes grandes com problemas estruturais e financeiros, e isso acaba refletindo dentro de campo. Dívidas, falta de planejamento e uma realidade financeira que não corresponde à estrutura e gastos feitos, aliado à total falta de planejamento a longo prazo fazem com que clubes menores, com maior noção e controle de suas finanças e projetos tenham um desempenho não tão distantes em relação aos principais times do país. Confira a análise.