Corinthians
‘Andrés é o chefe e nós somos funcionários’, diz Cássio sobre cobranças internas no Corinthians
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Nesta terça-feira (06), Cássio cedeu entrevista coletiva direto do CT Dr. Joaquim Grava. Antes do treino da tarde, o goleiro respondeu às perguntas da imprensa. Dentre os questionamentos, a crise do Corinthians em campo e a escolha de um novo treinador foram os principais pontos.
Na conversa, Cássio defendeu Coelho e desmentiu informações sobre uma “cobrança” da diretoria. O camisa 12 alvinegro também comentou sobre a sequência de oscilação do time e deu saídas para que o time volte a vencer.
Polêmicas internas?
Muitas questões tiveram como tema principal o comando do time em campo. Seja Coelho, voltando a Tiago Nunes e previsões de um novo treinador, Cássio manteve o pé no chão: “Eu sou jogador. Quando chegar um treinador, tenho que me dedicar ao máximo”.
O ídolo corintiano defendeu o interino no cargo. “Hoje temos o Coelho, que tem muita experiência no clube. Jogou e foi campeão, está preparado para o estilo do Corinthians”, disse. O trabalho alvinegro também foi comparado em relação ao tempo para dar frutos. Jorge Sampaoli, treinador do Atlético-MG, foi citado como alguém que conseguiu transformar suas equipes rapidamente. “Honestamente, tento fazer tudo o que o treinador pede. Você falou sobre o Sampaoli, mas quantos jogadores foram contratados lá?”, comentou.
– Por mim, estaria com o mesmo treinador desde que cheguei no Corinthians. O problema é que existe essa cultura [de demissão de treinadores] no Brasil. Na Europa não, mas aqui ainda sim.
Sobre uma possível cobrança da diretoria, Cássio desmentiu: “É fake news“. Ressaltou a presença do presidente do clube, Andrés Sanchez, nos jogos e no dia a dia do Corinthians. “Ele tem todo direito de cobrar, ele é o cara que manda, é o chefe, e nós somos os funcionários”, completou.
Cobranças e torcida
Sobre os protestos organizados pela Gaviões da Fiel, Cássio admitiu não saber, mas também não viu problema. “Não acompanho muito redes sociais, estou focado aqui. Não seria problema nenhum – quando teve reunião, conversei com líderes das torcidas organizadas”, finalizou.
Para o goleiro, o Corinthians está oscilando no Campeonato Brasileiro. Segundo ele, um time que quer estar lá em cima não pode oscilar em casa. “Não é faltando com respeito com as outras equipes, mas se estivéssemos com 30, 40 mil torcedores, esses jogos que empatamos, teríamos ganhado”, completa.
O passo principal para voltar a vencer, para ele, é a solidez defensiva. “O primeiro caminho é parar de tomar gol”, disse bem-humorado. Ainda assim, mesmo com muitos chutes a gol sofridos, Cássio ressalta seu trabalho: fazer defesas. “Se chegarem 40 bolas no gol, tenho que defender todas. Estou ali para isso”, disse.
Além de tudo, o arqueiro comentou sobre seu momento mais delicado no clube – e não é o atual. “Foi quando perdi minha posição em 2016. Nenhum momento chega perto”, afirma. Relembra que, em 2018, o Corinthians estava em posição parecida com a de hoje, mas, segundo ele, “ainda vai acontecer muita coisa no campeonato”.
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