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Ao ENM, Julio Brant fala sobre planos para o Vasco e estima entrada de até R$ 200 milhões de forma imediata no clube

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O Esporte News Mundo começou nesta quinta-feira uma série de entrevistas com o candidatos à presidência do Vasco. O primeiro entrevistado foi Julio Brant, da chapa Sempre Vasco (assista a íntegra acima). Entre muitos pontos abordados, Brant, que concorre à presidência do clube pela terceira vez, falou sobre a necessidade de aumentar o faturamento do clube e prometeu, caso seja eleito, a entrada imediata de dinheiro devido à parceria com a empresa “Mediapro”.

– Nosso plano de negócios prevê o ingresso imediato de recurso a partir de novas propriedades criadas a partir da parceria criado com a Mediapro. Trazer isso para que a gente possa, a partir de um trabalho já iniciado, ter propriedades prontas e comercializar para que possa antecipar parte desses contratos e ter um entrada de receita muito significativo no mandato. Estamos estimando alguma coisa em torno 150, 200 milhões de reais de forma imediata. O Vasco faturar 450 milhões de reais ainda é muito baixo frente a clubes de mesmo tamanho dentro do mercado nacional, comparando com clubes de tamanho similar no mercado, nacional, o Vasco precisa acelerar o processo de comercialização – afirmou Julio Brant ao ENM.

Confira alguns pontos da entrevista

Legado que quer deixar no Vasco

O nosso legado para o Vasco é a certeza de que teremos um clube transformado, com gestão moderna e transparente, com resultado em campo esperado. Que o Vasco volte a ser campeão e a ter times competitivos. Tudo dentro de um ordenamento, de controle, gestão profissional. Resultado perene e permanente para o Vasco. Clube forte financeiramente, campeão em campo e um clube cumpridor dos seus contratos, com gestão moderna e transparente.

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Planejamento do futebol

Temos dois planejamento no futebol. Um de longo prazo, mudança de filosofia do futebol, que envolve base e todas as categorias até o profissional. Revisão do trabalho que começa na base, garantindo que cada um desses atletas, ao passar de categoria, tenha a mesma filosofia e tipo de trabalho, para permitir que o jovem evolua e quando chegar no profissional tenha o “jeito Vasco” de jogar.

No curto prazo, aprofundamos uma área de análise de mercado. Teremos uma gerência de análise de mercado para trabalhar de forma profissional a captação de atletas no futebol para que tenhamos de imediato condições de suprir pontuais deficiências no elenco para que a comissão técnica tenha já no inicio do mandato um elenco capaz de fazer um campeonato competitivo. Trabalho de longo prazo com a base, que cria novamente ídolos para o clube, e no profissional um trabalho profundo, técnico e analítico para contratação de jogadores dentro do nosso orçamento e que supram deficiências. Já estamos fazendo esse trabalho, já tem mapeamento de algumas oportunidades.

Trabalho da base

Todo bom trabalho pode ser melhorado. Existe uma necessidade primeiro de selecionar e sedimentar melhor o trabalho para que esses meninos que não cheguem ao profissional tenham condições de ir ao mercado melhorando o nosso faturamento. Conseguir colocar efetivamente o jovem da base no profissional de forma estruturada, não de forma emergencial para apagar incêndio. Não podem ser expostos sem ser de forma planejada, se não acaba perdendo, queimando um bom atleta por uma ascensão mal feita. Vamos usar de forma organizada e planejada. Ele tem que entrar para amadurecer naquela estrutura. E, aí sim, depois florescer e se tornar um profissional. Pelo menos 30% de atletas da base no profissional, de forma planejada.

Ações imediatas

Ações imediatas acontecerão. Os horizontes de crescimento dentro do nosso planejamento, com aumento de faturamento, redução do endividiamento, equacionamento das dividas, ações coordenadas que colocam o clube em ordem. O que foi feito em 20 anos não será resolvido em 20 dias. Foram 20 anos de péssima gestão. Mas resolve ao longo de um mandato. Estou otimista em relação a isso. Quando você conversa com o mercado, o Vasco tem um potencial muito grande de faturamento. Está muito abaixo no faturamento. Tem condições de crescer imediatamente. Lógico que nosso planejamento prevê o clube com faturamento robusto ao longo dos três anos, como qualquer trabalho. Imediato algumas alterações no departamento de futebol que vão trazer um time mais competitivo logo no início do mandato. Isso é um compromisso nosso.

Manutenção do técnico Ricardo Sá Pinto

Depende muito do trabalho que está sendo feito lá. É um técnico promissor. Depende do que vai produzir. Nossa visão é apoiar o trabalho que está sendo feito hoje para que o time conclua o Brasileiro da melhor maneira possível. Os profissionais que estão lá precisam ser respeitados. Depois do Campeonato, quando terminar a temporada, se refaz o planejamento. Esse planejamento pode contar com quem lá está. Nesse momento o nosso principal objetivo é apoiar-los para fazer um fim de campeonato bom, classificando o Vasco para alguma competição internacional.

Reforma de São Januário

Nós trouxemos para o Vasco em 2014 a Tecnoplano, de Portugal, uma das maiores empresas de engenharia da Europa, responsável pelos principais estádios e CTs da Europa. Desde 2014 a gente fala da reforma de São Januário e do CT. É a empresa que trabalho pro Vasco hoje no CT. Nós trouxemos de fato quem faz. Desenvolveram com a gente a reforma de São Januário. No nosso modelo, tinha algumas premissas. Primeiro: viabilidade econômica. Não queremos um estádio pra ficar em maquete. Queremos fazer. Tem que ser possível fazer. Projeto bom e barato. Segundo, tem que ser um estádio raiz, pro vascaíno. É nosso estádio, não é Arena FIFA. Que continue sendo o estádio que nós nos sentimos em casa. Vai ter uma área popular, com ingressos baratos, a torcida que vai hoje possa ir. Não adiante fazer um estádio super caro e cobrar 200 reais do ingresso, excluir o torcedor. Vai ter área vip, camarote caro, mas também tem área popular, onde o vascaíno que faz festa vai ter espaço para torcer. Também criamos propriedades para comercializar, 5 mil cadeiras, e a criação de uma grande área comercial aberta para fora da São Januário. Gerar fonte de receita, ser a contra partida do Vasco junto ao investidor na contração do estádio. Engenharia como forma de gerar comercialização. São Januário como área de serviços para a comunidade no entorno. Lojas, marcas, vendendo. Não conheço detalhes do atual projeto. Se o projeto for melhor não tem nenhum problema, vamos abraçar. Projeto não é da Sempre Vasco, é do clube. Se o projeto do Campello for melhor tecnicamente, será levado adiante. Não nos cabe fazer projeto para chapa. Se entrar e mudar, não sai nunca.

Dívidas do clube

O Vasco fez o acordo no Profut e o Ato Trabalhista. Ao longo desse mandato, o vasco não pagou nem um e nem outro. E ainda gerou mais divida trabalhista. Gerar endividamento virou modelo de gestão do Vasco. Primeira coisa, salário em dia. Planejamento financeiro para permitir que os salários estejam em dia. Segundo, uma grande reestruturação da dívida: trabalhista, tributário e a frente de dividas com fornecedores e prestação de serviço. São três grandes frentes. Nessa terceira frente vamos atacar essa dívida, auditando essa dívida. Trabalhamos sempre com auditoria. Vamos aprofundar isso. Reestruturação financeira não é só do financeiro, é um plano de negócio. Você precisa ter condições de honrar as negociações. Para isso, tem que ter claramente a origem do recurso para fazer o seu custeio e as dividas que vai pagar.

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