Ao ENM, torcedor que atirou camisa do São Paulo explica reação e diz que vai com ‘amuleto’ para o duelo contra o Palmeiras

A derrota do São Paulo para o Palmeiras, por 2 a 1, na última segunda-feira (20), ficou marcada pela imagem de Rodrigo Godoy, torcedor de 35 anos, conhecido como MC Rodriguinho do Marapé, atirando a camisa do Tricolor Paulista no campo do Morumbi após o apito final.

O Esporte News Mundo conversou com ele, que mora em Santos, para entender a reação inusitada.

– Foi uma reação passional, um gesto totalmente espontâneo. No momento, não passou nada pela minha cabeça, foi simplesmente um lapso de loucura, um momento que deu um branco total. Para mim era para ser mais um jogo, um clássico, tenho mais de 100 jogos no Morumbi. Já fiz esse trajeto de Santos para o estádio muitas vezes.

Apesar de ter jogado a camisa, Rodrigo conseguiu recuperá-la com a ajuda de um amigo e dos ‘stewards’, os seguranças que ficam ao lado do campo.

– Consegui recuperar a camiseta. Na hora, ainda estava na adrenalina, fiquei olhando para o campo. Nisso, meu amigo foi e pediu para o staff, aquele pessoal de colete laranja que fica na beira do campo, que pegou e deu para ele (risos).

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O fato gerou grande repercussão entre a torcida são-paulina, muitos entendendo a atitude, mas outros criticando o torcedor. Rodrigo falou sobre o assunto e aproveitou para criticar a diretoria do São Paulo.

– Muita gente veio me xingar, bastante hater. Mas a grande maioria está vindo me apoiar, dizendo que se sentiu representado pelo ato. Não se joga camisa, mas também não se coloca um zagueiro para chamar o adversário para cima, não coloca um lateral ‘frouxo’, não se contrata um Orejuela pagando R$ 14 milhões à vista e nem um Daniel Alves para ganhar R$ 1,5 milhão por mês, ser demitido e continuar ganhando R$ 400 mil por quatro anos – afirmou o torcedor.

Apesar da má fase da equipe e das polêmicas extra-campo do Tricolor, Rodrigo não pretende deixar de ir no Morumbi. Inclusive, ele estará lá na quinta-feira (23), quando o São Paulo encara o Palmeiras, às 20h, pela ida das oitavas de final da Copa do Brasil. E com um ‘amuleto’ da sorte.

– Com certeza, amanhã estarei lá apoiando. Pode ter certeza. E com a camisa.