Automobilismo

Após confusão, FIA retira pódio de Russell e devolve para Alonso; espanhol atinge 100 pódios na carreira

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Foto: Divulgação/Aston Martin
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Neste domingo (19), o GP da Arábia Saudita aconteceu e Sergio Pérez seguiu com seu bom histórico em corridas de rua e venceu a prova. Entretanto, a grande história do dia foi a confusão do 3º lugar entre George Russell, Fernando Alonso e FIA, que terminou com final feliz para o espanhol da Aston Martin.

+ Pérez vence GP da Arábia Saudita e Alonso perde o terceiro lugar

Após o final da corrida, a FIA comunicou que Alonso e a Aston Martin não teriam cumprido da maneira correta a punição de cinco segundos durante a corrida, com isso o espanhol recebeu uma punição de 10 segundos e George Russell assumiu o terceiro lugar. O britânico da Mercedes recebeu a notícia através da repórter brasileira Mariana Becker.

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Entretanto, após muita revolta e um protesto oficial da Aston Martin contra a decisão da FIA. A organização revisou e viu que a equipe não teve nenhuma vantagem no caso e devolveu o pódio para o bicampeão. Com isso, Alonso atingiu 100 pódios na sua brilhante carreira na Fórmula 1.

Antes da definição final da FIA, Alonso brincou nas entrevistas: “Não é justo para George! Os patrocinadores da Mercedes adorariam estar no pódio, mas é bom para nós. Temos o patrocínio da Aramco, eu joguei o troféu, tenho as fotos e comemorei com o champanhe. Sinto muito pelos patrocinadores da Mercedes e pelos torcedores de George”, disse.

A punição inicial que resultou em todo este drama aconteceu na largada da corrida, quando Alonso ficou fora do colchete e foi punido com cinco segundos. Para pagar a punição, o espanhol foi aos boxes, porém durante o período que nada pode acontecer um mecânico encostou o macaco hidráulico no bólido, sem engatar. Foi o que gerou a punição. A Aston Martin contestou e venceu.

A FIA soltou todos os documentos já quando a madrugava tomava conta de Jedá. Tudo de uma vez: a explicação da punição de Alonso e o direito de apelação da Aston Martin. A reversão da punição, por exemplo, já era sabida mesmo antes do documento oficial com o espanhol de volta ao pódio.

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Confira o documento oficial da FIA que devolveu o pódio a Alonso:

Os comissários receberam uma carta, datada de 19 de março de 2023, da Aston Martin. A equipe entrou com uma Petição de Revisão dentro do Artigo 14.1.1 do Código Esportivo Internacional, com relação à decisão deste painel de comissários em impor uma punição de 10s ao carro #14 por não cumprir corretamente uma infração.

Em apoio à Petição de Revisão, os comissários viram as atas da última reunião do Comitê Consultivo Esportivo e evidências em vídeo de sete casos diferentes em que carros foram tocados pelo macaco enquanto cumpriam sanção semelhante à imposta ao carro #14 sem ser punido.

A petição da equipe foi baseada na celebração de um acordo entre a FIA e as equipes que tocar o carro de qualquer forma, inclusive com um macaco, constituiria “trabalhar” no carro para os fins do Artigo 54.4 (c) do Regulamento Desportivo, estava incorreta e, portanto, a base da decisão do comissário estava errada.

À luz da petição, os comissários tiveram de decidir se havia um “novo elemento significativo e relevante [que foi] descoberto que não estava disponível para as partes que buscam a revisão no momento da decisão em causa”. Se houvesse tal(is) elemento(s), então os comissários precisariam considerar se a decisão precisava ser mudada de alguma forma.

Após revisar as evidências de vídeo apresentadas e ouvir o representante da Aston Martin e os membros relevantes da FIA, os comissários determinaram que existiam novas evidências significativas e relevantes conforme exigido pelo Artigo 14.1.1 para desencadear uma revisão da decisão, em particular as provas em vídeo e as provas verbais da equipe e da FIA. Ficou claro para nós que o substrato da decisão original, nomeadamente a representação da existência de um acordo, foi posto em causa pela nova prova.

Assim, procedemos à apreciação do mérito do pedido de revisão.

Após revisar as novas evidências, concluímos que não havia um acordo claro, como foi sugerido aos comissários anteriormente, que pudesse ser considerado para determinar que as partes concordaram que um macaco tocando um carro equivaleria a trabalhar no carro, sem mais.

Nessas circunstâncias, consideramos que nossa decisão original de impor uma punição ao carro #14 precisava ser revertida e o fizemos de acordo.

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