Vasco
Após empate, Cabo minimiza falhas na bola parada defensiva do Vasco: ‘Acho até que nos comportamos bem’
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Vasco e Náutico empataram em 1 a 1, neste domingo, em São Januário, pela 12ª rodada da série B do Campeonato Brasileiro. O Cruz-Maltino saiu atrás no placar após cobrança de escanteio no primeiro tempo e só conseguiu igualar nos acréscimos da segunda etapa, com Morato. Em entrevista coletiva pós-jogo, o técnico Marcelo Cabo minimizou a falha defensiva e atribuiu a dificuldade da equipe nas bolas aéreas ao mérito do adversário.
– Tivemos dificuldade para sair da pressão no primeiro tempo porque o meu meio-campo esteve muito abaixo. Retomávamos a bola, mas não conseguíamos construir o jogo. Em bola parada, tomamos dois gols em 12 jogos. O Náutico deve ter um dos melhores cobradores de bola parada o Brasil. Vimos vídeos, mas a precisão do cobrador quebra toda a marcação. Claro que quando tomamos um gol assim, a contextualização é falha. Mas foi muito mérito dele. Em número de bola parada que eles tiveram no jogo, acho até que nos comportamos bem.
Com o resultado, o time de São Januário desperdiçou a chance de entrar no G-4, o que aconteceria em caso de vitória. O treinador também comentou a frustração.
– A gente entrou muito convicto em busca da vitória. Tomamos um gol de bola parada, não conseguimos entregar o jogo que pensávamos no primeiro tempo, foi muito aquém. Mudamos no intervalo, saímos do 4-4-2 para o 4-3-3 e nosso jogo melhorou no segundo tempo. Implementamos uma marcação pressão, as alterações surtiram efeito e subimos de produção. A gente lamenta de não ter entrado no G4, é uma frustração. Jogamos um jogo de seis pontos e não deixamos o adversário sair vencedor. Mas, saímos chateados com o empate em casa, nunca o Vasco vai se conformar com isso. Vamos continuar trabalhando. Quem entrou entregou muito e a gente ganha boas opções para a sequência da competição – disse Cabo.
O Vasco volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o CSA, às 21h30, fora de casa. O time carioca ocupa a sétima posição na tabela de classificação, com 18 pontos.
Veja outras respostas de Marcelo Cabo:
Meio-campo
O Marquinhos acho que não fez um bom primeiro tempo, mas melhorou bastante no segundo, conseguiu jogar entrelinhas. No primeiro ele foi buscar muito a bola nos pés dos volantes e perdemos força ofensiva. Mas ainda não foi aquele Marquinhos que a gente sabe que pode render. Mas teve entrega, se posicionou melhor no segundo tempo, criou boas alternativas, conseguiu ajudar a equipe a circular a bola… A expectativa é que ele continue nos ajudando no restante da competição.
Arthur Salles
Sobre o Arthur, a ideia da entrada dele era deixar o time mais agudo. É um atacante, pode jogar de beirada, de 9 ou de segundo atacante. Deu um passe magistral de calcanhar, tirou da cartola e empatamos o jogo. Uma pena que foi no final do jogo. Mas fico muito satisfeito com o crescimento e amadurecimento dele. Pela idade é muito equilibrado nas tomadas de decisões. Tinha ele, Daniel e Sarrafiore para entrar. Mas queria um meio tempo, alguém que pudesse dar o passe e chegar na área pra finalizar. Por isso a escolha por ele. Para mim, das cinco substituições, foi quem entrou melhor.
Estilo de jogo
Estamos buscando esse momento na competição. Hoje dominamos o Náutico no segundo tempo. A busca é por um jogo em que consigamos fazer isso durante os 90 minutos. É trabalhar, criar alternativas como hoje quando mudamos do 4-4-2 para o 4-3-3. Criamos boas chances, chegada no último terço e faltou capricho no acabamento. Isso vem com trabalho no dia a dia.
Juninho
Juninho vem brigando pelo espaço dele. Minha opção por ele foi em cima do que ele vem mostrando nos treinamentos A evolução dele desde que cheguei é notória. Precisava melhorar o jogo de segundo terço dele, de passe, e hoje foi muito bem. Na minha concepção é muito mais um camisa 8 do que volante. Teve uma boa alternância entre jogo de passe e de construção. Pena que ali a partir dos 35 minutos ele caiu de produção pelo cansaço.. Teve entrega muito grande e cansou nos últimos dez minutos. Ainda tem idade de sub-20 e estamos fazendo ele evoluir para nos ajudar na competição.
Perspectivas de evolução
Quando a gente está atrás do placar, entra com a proposta de subir linha e no 4-3-3, claro que tem o risco da exposição. Por isso o Náutico teve suas chances e muitos escanteios. No segundo tempo, tivemos a predominância do jogo. Contra uma equipe qualificada é claro que a gente vai se expor. Não entramos ainda no G-4 e isso é uma frustração para nós. O importante é estar entre os quatro primeiros quando terminar a competição.