Palmeiras
Após terem se encontrado nesta semana, Abel Ferreira comenta morte de Walewska: “Incrédulo”
A ex-jogadora de vôlei faleceu nesta quinta-feira (21)
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O técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, se mostrou “incrédulo” com a morte da ex-jogadora de vôlei da seleção brasileira, Walewska. Durante coletiva de imprensa após a derrota de 1 a 0 para o Grêmio, nesta quinta-feira (21), em Porto Alegre, ele refletiu a respeito da vida, justamente dois dias após ambos terem se encontrado.
Walewska Moreira de Oliveira, campeã olímpica com o Brasil em Pequim-2008, morreu nesta quinta-feira aos 43 anos, em São Paulo. Até o momento da publicação desta reportagem, não há nenhuma confirmação a respeito da causa do falecimento.
Os dois se conheceram pessoalmente na última terça-feira (19), quando a ex-atleta fez uma visita à Academia de Futebol e divulgou o seu livro autobiográfico, Outras Redes. A multicampeã publicou fotos do encontro no Instagram, que contou com uma troca de livros deles – o português deu a ela o “Volta Extra: temporada 2022”.
“Quando me disseram, eu nem acreditei, fiquei incrédulo. E acho mesmo que não vale a pena me chatear com futebol. Tive uma conversa com o Ancelotti (técnico do Real Madrid) e adorei o que ele me disse. Tenho conversas com treinadores mais velhos que me dizem que tens que aprender a desfrutar o futebol, não tens que levar tão a sério, só dar o teu melhor, porque a verdade é que estamos todos na fila. Ainda bem que não sabemos quando é a nossa vez, mas estamos todos na fila”, disse, ao ser questionado por um jornalista sobre a morte de Walewska.
Ele aproveitou para fazer uma reflexão sobre a vida e afirmou que todos devemos ser gratos. “E às vezes nós, eu pessoalmente, me chateio com isto ou aquilo, quando as pessoas não querem mudar, não vale a pena. Nós devemos ser gratos, e eu sou muito grato pela vida que tenho, acho que sou mesmo um abençoado por Deus em tudo. Quando chega ao final de um jogo desse, saio triste, irritado e recebes uma notícia dessas, tu pensas realmente qual é o verdadeiro significado da vida. O que estou aqui a fazer? Qual é a minha missão enquanto homem? Qual é a minha missão enquanto treinador?”, refletiu.
“Foi uma hora absolutamente extraordinária de partilha de aprendizagem e, quando chegou ao final do jogo e me dizem esta notícia, eu não queria acreditar, fiquei incrédulo.”
Abel Ferreira
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A conversa que a dupla teve durou cerca de uma hora, e Abel a tratou como espetacular. “Tive a oportunidade de privar com ela, foi espetacular, ela era capitã de equipe. Foi sensivelmente uma hora que estivemos a trocar ideias, falar sobre a experiência dela na Espanha, perguntar como era o vôleibol na Espanha, Itália, ela esteve na Rússia também. No Brasil.
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“Perguntei como foi a transição de passar de estar a profissional e depois ter que deixar de jogar. Ela tinha dito, ‘é um luto que se faz’. Ela disse que, através de um podcast que tinha, passar a mensagem que o jogador tem que se preparar para essa transição. E isso tem a ver com questões mentais e de preparação.”