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“Aquele gol mudou minha vida”: goleiro Fábio compartilha o seu lado do gol de costas

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Foto: Reprodução/ESPN.
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Era a partida de ida da final do campeonato mineiro de 2007. Marcinho tinha acabado de anotar o terceiro gol da partida para o Atlético-MG, após converter um pênalti. O goleiro Fábio caminhava cabisbaixo em direção à sua meta. Afinal, o segundo tempo foi um pesadelo: o arqueiro celeste ficou a centímetros de defender a bola e evitar a mudança no placar nos três lances. A partida recomeçou com um time do Cruzeiro desligado, que logo perdeu a bola para o atacante Vanderlei. 

Com um goleiro desligado, ficou fácil para o artilheiro dar um toque e anotar o último gol da partida. Nascia assim o infâme “gol de costas”. O momento é tão querido pela torcida do Atlético-MG que acabou entrando para uma das músicas cantadas no estádio: “Vi o gol do Vanderlei / e o Fábio lá de costas a chorar”. Apesar de ser usado para provocação entre as torcidas, a lembrança do lance não afeta o zagueiro cruzeirense. Na verdade, o goleiro guarda o momento com carinho.

Em entrevista ao Bolívia Talk Show, programa semanal do canal Desimpedidos, Fábio compartilhou a sua visão do lance. “Esse foi o único gol que sofri que me deu alegria depois. Todo goleiro fica puto quando toma um gol, já começa a analisar se fez algo de errado. Mas aquele foi o único que me deu alegria, pois foi ali que me converti e aquele gol mudou a história da minha vida”.

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“Enfrentei o Atlético várias vezes depois. Ganhei duas finais de Campeonato Mineiro de 5 a 0. Tenho mais vitórias em clássico. Eu poderia estar zoando o Atlético, mas eu levo na brincadeira. E quem jogou esse jogo e tá jogando até hoje?”. Eu era meio chumba grossa. Enfrentei o atlético várias vezes e tenho mais vitórias do que derrotas. Eu poderia tá zoando eles. E também, quem jogou esse jogo e quem tá jogando hoje?”.

Durante a entrevista, o goleiro também revelou o sonho de completar mil jogos com a camisa do Cruzeiro. Hoje, ele já é o quinto jogador que mais disputou partidas pelo mesmo clube (883), atrás apenas de Ademir da Guia (901 – Palmeiras), Roberto Dinamite (1100 – Vasco da Gama), Pelé (1116 – Santos) e Rogério Ceni (1237 – São Paulo).

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