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Atlético-MG tem cerca de um mês para pensar na próxima temporada

O clube terminou 2024 com um gosto amargo e passa a focar na campanha da próxima temporada

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Foto: Reprodução/Atlético
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O Campeonato Brasileiro foi encerrado de maneira preocupante para o Atlético-MG. Ao escapar do rebaixamento na última rodada, o clube respirou aliviado. Agora, o elenco entra em período de férias e se reapresenta no dia 8 de janeiro de 2025. Até lá, a diretoria e a SAF precisam trabalhar com urgência para montar a equipe do Galo que entrará em campo no ano que vem.

+ Informações sobre a Copa Sul-Americana

A nova temporada se inicia no dia 18, em compromisso internacional. O Atlético já anunciou que vai participar de um torneio amistoso nos Estados Unidos no mesmo momento em que joga o Campeonato Mineiro. O Galo enfrenta o Cruzeiro na estreia da campanha e, no dia 19, também abre os caminhos no estadual. A ideia é mandar a equipe principal para o clássico e utilizar a base contra o Aymorés.

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Para fazer isso, urge a necessidade de ter um elenco vasto. Com o fim do Brasileirão 2024, alguns atletas podem estar de saída, e não existem rumores de contratações encaminhadas. Sem técnico após a saída de Gabriel Milito, o Atlético está distante de uma organização estrutural e também não dá indícios do que pretende fazer para disputar títulos em 2025.

A combinação de resultados da 38ª rodada do Campeonato Brasileiro garantiu o Galo na Copa Sul-Americana do ano que vem. A taça do torneio dá vaga direta à Libertadores, o que pode mudar o planejamento do clube mineiro. O Atlético precisa definir logo qual vai ser o foco para a nova campanha. Entre os pontos corridos e as copas, a equipe pode disputar um número elevado de partidas, e a temporada 2024 mostrou que faltou elenco para ter forças na reta final.

O que se sabe, pelas poucas aparições de quem está à frente do Atlético, é que a próxima temporada deve ser de baixo investimento financeiro. Em algumas entrevistas, Victor Bagy deu indícios de que a estratégia será de corte de gastos. Com isso, é difícil imaginar que o Galo possa ter poder para bater de frente com os principais candidatos a títulos. Os resultados de 2024 renderam uma quantia cerca de 100 milhões superior ao que se tinha como meta para os cofres e, mesmo assim, o elenco deve ter poucas alterações.

O período de recesso dos jogadores também serve como oportunidade para a SAF fazer uma densa análise de mercado. Como o orçamento disponibilizado para contratações ainda não foi divulgado ao público, as possibilidades para a montagem de elenco ficam somente no imaginário. Nos últimos anos o Atlético adotou como estratégia principal a contração de atletas livres no mercado, ou seja, gastando dinheiro somente com salários e bônus. Os resultados, mesmo com os dois vice-campeonatos em 2024, atestam que o planejamento precisa ser drasticamente alterado.

A busca nos passes livres rende pouco retorno em termos de número de contratações. Para voltar aos rumos, o Atlético não tem outra alternativa a não ser melhorar o elenco. Isso só é possível com investimento monetário e com a chegada de novos jogadores, a exemplo do que foi apresentado pelo Botafogo em 2024 e pelo próprio Galo, em 2021.

A reformulação precisa ser feita de maneira rápida e com qualidade. Quando Milito chegou ao Galo, recebeu uma pasta com nomes que faziam parte dos planos e outros atletas que eram preteridos. A lista não foi respeitada, e o técnico se virou com o que estava à disposição, alcançando duas finais. O novo comandante deve ser escolhido de acordo com a intenção esportiva pensada pela SAF. Com mais de 30 dias até o próximo compromisso dentro de campo, o Atlético tem tempo o suficiente para se organizar, trazer um técnico, definir os alvos no mercado de transferências e se desfazer de peças que não têm nível para vestir a camisa do clube em 2025.

Os donos precisam abrir os bolsos se quiserem que a “empresa” que controlam volte a trilhar o caminho do sucesso. Se o grupo que é responsável pelo Atlético-MG enxerga o clube de futebol como um potencial de lucro, precisa ver que os “alertas vermelhos” estão todos ligados e que o cenário, se não for interferido, não é nada animador. As falsas promessas precisam ser erradicadas e, as estratégias, divididas com o público.

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