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Autuori mantém pés no chão após vitória sobre o Vasco: “Demos um passo à frente, apenas isso”

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Paulo Autuori em coletiva após a vitória no clássico - FOTO: BOTAFOGO TV
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O Botafogo venceu o Vasco por 1 a 0 no jogo de ida, válido pela quarta fase da copa do Brasil, no estádio Nilton Santos. Após a vitória, o treinador Paulo Autuori atendeu a imprensa e falou sobre o jogo, a evolução de Matheus Babi, o episódio da substituição de Honda ainda no primeiro tempo, a transição da defesa pro ataque da equipe Botafoguense. O comandante alvinegro ainda analisou uma possível volta do público aos estádios, confira:

AVALIAÇÃO DO CLÁSSICO

Eu respeito qualquer tipo de análise, tenho a minha, e procuro ser bem frio. Eu acho que o Botafogo tem jogado os jogos dele pra ganhar. Hoje nós deveríamos, em relação ao campeonato brasileiro, estar “surfando” mais em cima na tabela. Porque realmente deixamos alguns pontos (escapar) aí em final de jogo, mas a equipe ao meu ver tem feito bons jogos, no geral, nada de excepcional, jogos bons, tem sido sólido ao longo dos jogos e acaba acontecendo de sofrer gols aí por lances pontuais. Mas a equipe tem jogado, no jogo contra o Vasco, no domingo passado, eu acho que foi um belo jogo, a equipe esteve bem e esteve bem hoje de novo não, só em termos da qualidade do jogo, mas também pela atitude e disponibilidade física que tiveram em um momento em que todas as equipes estão a sofrer muito pela quantidade de jogos. Sabemos que setembro será um mês muito difícil pra nós, porque não teremos nenhuma possibilidade de dar um descanso, mais do que físico, deveria ser mental, ou seja, o jogador pudesse se desconectar completamente do trabalho e pensar um pouco na família e outras coisas. Então é um momento de capacidade de sofrimento e espirito de sacrifício de todos. Minha preocupação já é o jogo de domingo, contra o Santos, esse já foi. Jogo que não acabava hoje, jogo de 180 minutos, faltam 90 minutos, apenas isso.”

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EVOLUÇÃO DE MATHEUS BABI

“Pra eu falar agora é fácil, aliás, eu já falei isso, ainda não tínhamos começado a competição, nem o brasileiro, tampouco a copa do Brasil e falamos por aquilo que estávamos a ver nos treinamentos, seria um jogador que dificilmente deixaria de jogar. Todos nós, grupo de trabalho, ficamos felizes por todo o trabalho que (ele) tem feito para a equipe e o seu rendimento individual.”

EPISÓDIO DA SUBSTITUIÇÃO DE HONDA

“Esses são problemas que nós criamos para o futebol brasileiro. Eu estou acostumado, pelo tempo que passei fora, que é normal a entrada e saída de jogadores, os treinadores decidem o momento. Porque os treinadores certamente estão vendo o jogo mas tem outras coisas que se passam também. Eu também fico chateado com muitas coisas (risos), em relação à produtividade individual e coletiva da equipe. Então não tem nada disso. Isso daí, eu não dou a mínima pra isso. É uma situação vulgar no futebol. Nós não podemos é analisar isso, porque não saiu só o Honda, saiu ele e o Caio Alexandre. Então o Honda e o Caio fizeram um jogo contra o Corinthians, que eu disse para os dois: NOTA 10! Pela maneira que jogaram com e sem a bola. E aquele jogo, no meu entender, aquilo necessitava acontecer da maneira que deveria, tanto é, que a equipe no segundo tempo cresceu bastante, conseguiu o empate. Agora, vão ter momentos, são jogadores que são titulares da equipe, vão ter momentos melhores e outros não, e hoje eles fizeram, ambos, um ótimo jogo. E quando eles jogam a equipe tem uma dinâmica bastante diferente, tanto com, como sem a bola. Então não tem absolutamente nada. Minha preocupação não é com esse ou aquele jogador é com a equipe como um todo e acima de tudo com o comprometimento de todos com o coletivo, sem abrir mão das suas características e qualidades individuais, é óbvio, isso é que faz a diferença.”

TRANSIÇÃO DA DEFESA PARA O ATAQUE DA EQUIPE

“Se você ver os dois jogos que fizemos contra o Vasco, nós tivemos possibilidade de trabalhar bem, tanto entre a linha de ataque e de meio-campo do Vasco, quanto de meio-campo para sua linha defensiva. Agora, a gente tem qualidade, se nós formos ver, nós estamos quebrando linha dos adversários com um rendimento muito bom em todos os jogos.”

POSSÍVEL VOLTA DAS TORCIDAS AOS ESTÁDIOS

É óbvio que nós queremos que os jogos de futebol tenham a presença do público, porque isso é que faz o futebol ser a paixão que é no mundo todo. Agora, daí a já tomar uma posição dessa, eu acho que nós temos que ver isso com muito mais abrangência. Eu não acho justo a presença apenas dos torcedores do clube mandante. Não é justo, porque todos os torcedores são importantes, aqueles que torcem pra equipe mandante, aqueles que não torcem. Nós temos que pensar de uma maneira muito mais abrangente. Se nós pararmos pra ver agora o que esta a passar na Inglaterra, países que trataram muito bem, da maneira como deveriam, a pandemia. As coisas não estão tão tranquilas quanto se imagina. Acho que não é momento de se apressar em tomadas de decisão que são populistas e que deveriam ter uma discussão maior e uma transcendência maior. Não é só o jogo. O que que vai acontecer quando, por exemplo, você abre bares, o que que está acontecendo: aglomerações de pessoas. Futebol a gente sabe como é isso. E na minha perspectiva, não é justo fazer com que apenas torcedores das equipes mandantes estejam nos estádios. Essa é a minha opinião.”

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