Futebol Internacional
Bartomeu renuncia à presidência do Barcelona
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Josep Maria Bartomeu não é mais presidente do Barcelona. Segundo o jornal espanhol “Sport”, em reunião de urgência realizada na tarde desta terça-feira, tanto o mandatário como os demais conselheiros decidiram apresentar suas demissões visto que a moção de censura contra Bartomeu movida na Catalunha foi validada e poderia levar à queda forçada do dirigente e sua cúpula. Desta forma, chegou ao fim o mandato de seis anos.
A junta ligada a Bartomeu tentou até o último instante fazer com que a Generalitat de Catalunya, órgão responsável, não autorizasse o referendo contra a atual gestão do clube, divulgou o veículo espanhol. O esforço, porém, foi negado, e o agora ex-presidente não resistiu à pressão.
Bartomeu enviou uma carta a Pere Aragonés, presidente da Generalitat, em que defendeu o direito dos sócios de realizarem a votação, mas argumentou que o pleito não fosse realizado neste momento devido ao estado de atenção na região e na Espanha em virtude do aumento de casos de Covid-19. O texto destacou o grande número de votantes com mais de 60 anos, parcela mais vulnerável ao coronavírus, entre os sócios do clube.
Com a requisição negada, Bartomeu propôs ao seu conselho apresentar a demissão nesta terça-feira, e a proposta foi aprovada sem discussão, segundo o “Sport”, o que significou o fim de uma era nebulosa no Camp Nou.
Josep Bartomeu assumiu a presidência do Barcelona em 2014. Ele substituiu Sandro Rossel, outro dirigente que havia renunciado ao cargo em meio a denúncias e investigações. Em julho de 2015, ele venceu as eleições para o mandato de seis anos.
A gestão de Bartomeu teve como ponto alto o triplete de 2015, com a conquista dos títulos do Campeonato Espanhol, da Copa do Rei e da Liga dos Campeões. Durante a gestão, a equipe ainda venceu outras três edições de La Liga, três Copas do Rei e duas Supercopas da Espanha.
O período, por outro lado, ficou marcado pelo distanciamento do Barcelona de seu estilo de jogo e do fim do protagonismo do clube a nível europeu. As contratações super milionárias de Dembelé, Coutinho e mais recentemente de Griezmann, ainda sem retorno técnico, e as seguidas goleadas sofridas no mata-mata da Liga dos Campeões para Roma, Liverpool e Bayern de Munique, esta por 8 a 2, em agosto deste ano, abalaram a confiança sobre Bartomeu. O estopim foi a crise envolvendo Lionel Messi, que manifestou publicamente a intenção de deixar a Catalunha na última janela de transferências.