Esportes olímpicos
Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno: Relembre as passagens e a luta por uma medalha inédita em 2026
O Brasil compete nas Olimpíadas de Inverno desde 1992 e mira sua primeira medalha em 2026
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Com a contagem regressiva para os Jogos Olímpicos de Inverno Milano Cortina 2026 iniciada, o Brasil se prepara para sua décima participação na história da competição. Embora as medalhas ainda escapem, o país se consolidou como a principal nação sul-americana no evento. Vamos relembrar as últimas participações brasileiras e como o país chegou mais perto de um pódio inédito.
Albertville 1992: A estreia brasileira
A história do Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno começa em Albertville 1992, quando sete atletas participaram do esqui alpino. Apesar de ainda não se destacar entre as potências, o Brasil fez sua primeira participação no evento com Christian Lothar Munder e Evelyn Schuler entre os principais nomes. Evelyn, a única mulher da delegação, obteve o melhor resultado brasileiro, com o 40º lugar no slalom gigante.
Lillehammer 1994: Uma participação solitária
Dois anos depois, nos Jogos Olímpicos de Inverno de Lillehammer, o Brasil viu apenas Christian Lothar Munder garantir vaga no esqui alpino, competindo sozinho no downhill. Sua 50ª colocação foi um reflexo de um momento inicial de experiência, onde o país ainda buscava ganhar espaço no cenário internacional.
Nagano 1998: O Brasil no Esqui Alpino
Em Nagano 1998, Marcelo Apovian foi o único atleta brasileiro a participar, defendendo o Brasil no esqui alpino. Seu 37º lugar no Super G foi o melhor resultado, refletindo a evolução do país, mas ainda distante de qualquer pódio.
Salt Lake City 2002: Primeiras Vagas nos Esportes de Gelo
A edição de Salt Lake City 2002 marcou um ponto de virada para o Brasil, que levou 10 atletas para o evento, competindo em quatro modalidades, incluindo bobsled, luge e esqui cross-country. Foi a primeira vez que o país contou com representantes nos esportes de gelo. O melhor resultado foi a 27ª posição no bobsled 4-men, mostrando que o Brasil começava a diversificar suas participações.
Turim 2006: O melhor resultado brasileiro
Nos Jogos Olímpicos de Turim 2006, o Brasil atingiu seu melhor resultado histórico com Isabel Clark, que terminou em 9º lugar no snowboard cross. A delegação brasileira, composta por 10 atletas, também teve a estreia de Jaqueline Mourão no esqui cross-country, uma das principais figuras do esporte no país.
Vancouver 2010: O foco nos esportes de neve
Vancouver 2010 viu o Brasil concentrar esforços nas modalidades de neve. A delegação brasileira, com cinco atletas, teve a participação de Isabel Clark no snowboard, que novamente se destacou, conquistando a 19ª posição. No esqui cross-country, Jaqueline Mourão esteve acompanhada de Leandro Ribela, enquanto Jhonatan Longhi e Maya Harrisson participaram do esqui alpino.
Sochi 2014: O recorde da delegação
Em Sochi 2014, o Brasil fez sua maior participação até então, com 13 atletas em sete modalidades, incluindo estreias em biatlo, esqui estilo livre, patinação artística e bobsled 2-women. Isabel Clark, novamente, obteve o melhor resultado, com 14ª posição no snowboard cross. Foi uma edição histórica, que consolidou o Brasil como uma potência emergente no esporte de inverno, apesar da ausência de medalhas.
PyeongChang 2018: A história na Patinação Artística
Nos Jogos Olímpicos de Inverno PyeongChang 2018, o Brasil fez história na patinação artística com Isadora Williams, que avançou para o programa longo, tornando-se a primeira sul-americana a alcançar essa marca. A delegação contou com 9 atletas e teve também boas participações de Jaqueline Mourão no esqui cross-country e o retorno do bobsled masculino.
Beijing 2022: O brilho do trenó e novas esperanças
Beijing 2022 trouxe uma série de estreias para o Brasil, com Nicole Silveira no skeleton e Sabrina Cass no moguls do esqui estilo livre. A delegação brasileira teve 10 atletas, e Nicole Silveira se destacou com o melhor resultado do Brasil, conquistando a 13ª posição no skeleton feminino. O bobsled brasileiro também brilhou ao alcançar o inédito top 20 no quarteto.
Preparação para Milano Cortina 2026
Agora, com um ano para os Jogos Olímpicos de Inverno Milano Cortina 2026, o Brasil está mais preparado do que nunca para alcançar resultados históricos. Atletas como Nicole Silveira e Lucas Pinheiro Braathen, que se destacaram nas etapas da Copa do Mundo, são vistos como as grandes esperanças para o país. Pela primeira vez, o Brasil tem uma chance real de conquistar uma medalha olímpica no inverno, um feito que seria inédito para a América do Sul.
Com uma preparação mais estruturada, incluindo programas de desenvolvimento e parcerias internacionais, a delegação brasileira entra em 2026 com uma combinação de experiência e jovens talentos prontos para desafiar as expectativas. O Brasil, que já é uma presença constante nos Jogos Olímpicos de Inverno, agora mira algo ainda maior: o pódio.
A trajetória do Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno é marcada por superação e evolução. De sua estreia com uma pequena delegação em Albertville 1992 até os resultados históricos de Beijing 2022, o país vem mostrando que o inverno pode ser uma temporada de grandes conquistas. Agora, com o foco em Milano Cortina 2026, o Brasil prepara uma campanha histórica, com atletas que já estão prontos para levar o país a um novo patamar no esporte de inverno. A contagem regressiva começou e, com ela, a esperança de ver o Brasil finalmente brilhar nas medalhas de inverno.