Brasil luta, mas perde para os EUA e está fora do basquete em Paris

O Brasil enfrentou nesta terça-feira (6) os Estados Unidos pelas quartas de final do torneio masculino de basquete das Olimpíadas de Paris. E uma missão bastante complicada para os brasileiros: parar o ‘Dream Team’ de LeBron James, Steph Curry e cia

A equipe brasileira tentou e até conseguiu bons momentos durante a partida, sem reduzir o ritmo diante do poderoso rival e favoritíssimo ao ouro. Mas a força dos astros da NBA foi superior e estes venceram a partida pelo placar de 122 a 87.

1º Quarto

Coube a Gui Santos abrir o placar do jogo em favor do Brasil. Logo os americanos mostraram serviço e rapidamente tomaram conta da quadra, abrindo boa vantagem diante dos brasileiros, que não se intimidavam com o poderoso adversário.

O jogo dos Estados Unidos era tentar pegar a bola e partir em velocidade ou tentar achar alguma brecha no sistema defensivo brasileiro no garrafão para marcar os pontos. A vantagem americana em quadra neste quarto inicial sempre se manteve por volta dos dez pontos, em média.

Os atletas mais experientes do Brasil, como Marcelinho e Bruno Caboclo, mantinham o time na briga pela vitória enquanto Devin Booker se mostrava um dos grandes nomes americanos nesta parte inicial da partida. Apesar da vantagem no placar já se mostrar dilatada para o time dos astros da NBA, os brasileiros jogavam partindo para cima e tentando equilibrar as ações em quadra. Ao final, a vitória americana no período inicial foi de 33 a 21.

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2º Quarto

O Brasil começou errando suas tentativas e os Estados Unidos trataram de aproveitar para ficar com a bola e usar a sua desenvoltura na marcação para pressionar o ataque brasileiro. Os erros americanos não eram aproveitados pela equipe brasileira, facilitando aos EUA ter a posse de bola e controle da quadra.

O Brasil teve um momento em que forçou erros da equipe americana e conseguiu encaixar em velocidade para diminuir a vantagem dos rivais em 14 pontos e forçando o ‘Dream Team’ a parar a partida. O jogo rápido e certeiro ditava a reação brasileira em quadra naquele momento, conseguindo fazer a partida voltar para uma ritmo que dava esperança aos comandados de Aleksandar Petrovic.

Com as faltas, os EUA conseguiram retomar espaço e abrir distância no placar. O Brasil buscava manter o ritmo de forte marcação e velocidade de ataque, estas funcionando em algumas ocasiões. Mesmo assim, os americanos continuavam a dominar o jogo e a conseguir vantagem. O primeiro tempo da partida fechou em 63 a 36 para os EUA (30 a 15 no período)

3º Quarto

O Brasil se lançou a reduzir a vantagem americana, conseguindo marcar pontos no começo desta terceira parte. Os americanos seguiram mantendo o passo, explorando melhor o posicionamento no garrafão, enquanto a velocidade seguia sendo a arma brasileira para surpreender a equipe adversária.

A aposta nas cestas de três era de ambos os lados, com os acertos brasileiros (8 de 23 em determinando momento) mantendo o time vivo mesmo com a vantagem já em 23 pontos para os americanos com menos de seis minutos, Foi quando uma cotovelada de Georginho em LeBron James causou a interrupção da partida para o atendimento do jogador do Los Angeles Lakers.

Com ampla vantagem no placar, os Estados Unidos passaram a jogar de forma mais cadenciada enquanto o Brasil buscava aproveitar qualquer rebote ou tomada de posse de bola para partir e tentar pontuar. Ainda assim, era pouco para tentar superar o time americano, que conseguia converter as tentativas de três sem maiores problemas. Assim, o terceiro período fechou em 94 a 71 para o ‘Dream Team’ (35 a 31)

4ª Quarto

O último período teve o controle dos EUA em seu começo. O Brasil não conseguia encaixar suas jogadas e converter as cestas que teve nos minutos iniciais. Com oito minutos faltando, os americanos ultrapassaram a barreira dos 100 pontos e, logo depois, a primeira pontuação brasileira nesta parte final, uma cesta de três de Iago.

Com a partida decidida já em favor dos americanos, o time brasileiro rodou a formação e os atletas começaram a ter suas chances em quadra. A mesma atitude teve os Estados Unidos, deixando a partida em ritmo um tanto morno, apesar das duas seleções deixarem a partida mais aberta em termos ofensivos,

A postura brasileira no período decisivo era de muita luta e de se manter vivo no jogo apesar do placar já largamente desfavorável para si. Os segundos finais foram apenas para que o Brasil tentasse encurtar a vantagem, com a incontestável vitória dos Estados Unidos por 122 a 87 (28 a 16 no quarto final) e o ‘Dream Team’ nas semifinais das Olimpíadas.

Nas semifinais, os EUA agora terão pela frente nas semifinais a Sérvia, que entrou para a história do basquete olímpico ao protagonizar a maior virada da história do esporte ao eliminar a Austrália na prorrogação.