Vasco
Campello faz apelo por entendimento entre candidatos e sugere terceira eleição no Vasco
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O presidente do Vasco, Alexandre Campello, concedeu coletiva de imprensa em São Januário, nesta terça-feira, para esclarecer dúvidas quanto ao processo de transição no cargo. O mandatário fez um apelo aos candidatos Leven Siano e Jorge Salgado para que cheguem a um entendimento sobre a disputa pela cadeira, para evitar prejuízos da instituição.
– Quero pedir aos candidatos que façam uma reflexão a todo esse processo porque isso tem feito o Vasco sangrar há mais de dois meses, em especial no futebol. A assembleia que Justiça decidir que está valendo elege o presidente para o próximo triênio e o mandato dele só inicia na segunda quinzena de janeiro. O Vasco não vai ser tomado de assalto em novembro. Os objetivos do Vasco estão em jogo. Tivemos um período ruim no futebol. As pessoas que querem assumir o clube devem pensar na imagem da instituição – disse Campello.
O presidente cruz-maltino chegou a sugerir a realização de uma terceira eleição entre os vencedores dos pleitos do dia 7 e 14 de novembro.
– Temos tempo para uma nova eleição até a posse. Seria interessante que os candidatos chegassem a um consenso e colocassem o Vasco em primeiro lugar. Acho que seria justo. Um dos candidatos perdeu nas duas. Acho que faz mais sentido fazer entre os dois candidatos que venceram. Que vença o que for da vontade dos sócios – completou.
Veja outras declarações de Campello na coletiva:
Sobre as duas eleições:
Tivemos uma assembleia no dia 7 e outra no dia 14 , uma presencial e outra online. Foram cercadas de liminares de um lado e de um outro. A eleição do dia 7 pegou a todos de surpresa na sexta à noite, com decisão liminar do desembargador Camilo Ruilière. Esse fato, a meu ver, causou grande desequilíbrio no processo eleitoral. Mais uma vez uma interferência da Justiça no clube. Um dos grupos tinha conhecimento dessa decisão e se preparou muito bem. Hoje nós temos uma decisão judicial que mantém de pé a assembleia do dia 7. isso, no entanto, não quer dizer que ela está legitimada. Ela será fruto de discussões, já foi contestada. A diretoria administrativa do Vasco vai acatar o que for decidido pela Justiça. Hoje nós não temos uma definição a não ser a de que a convocação para a assembleia do dia 7 é que tem valor e está de pé.
Ofensas aos funcionários da atual gestão
Se o Vasco conseguiu chegar ate aqui apesar de todas as dificuldades isso se deve à dedicação da torcida e à força de seus funcionários, que não merecem ouvir o que ouviram. Que os candidatos coloquem o Vasco em primeiro lugar. Vou passar o cargo com isenção por quem a Justiça decidir.
Duas atas protocoladas na secretaria do clube
Foram duas atas porque tivemos duas assembleias. O clube recebeu e protocolou as duas atas, mas vai caber à Justiça entender quem de fato venceu a eleição. A assembleia que está valendo no momento é a dia 7, mas isso não significa que os atos praticados tenham validade. Eles são alvo de contestação, porque recebemos uma decisão do STJ.
Convocação feita pela diretoria administrativa para eleição presencial dia 7
No momento achei que era certo, seguindo o estatuto fiz a convocação. Por conta da inércia do presidente da AG (Mussa) me vi obrigado a convocar. Essa convocação já havia caído por força de decisão judicial
Impossibilidade de acautelar as urnas dia 7
Não é verdade que o clube não podia acautelar as urnas. Haviam funcionários aqui. Não cabe a mim julgar, sim à Justiça. Vou acatar as decisões judiciais.
Influência da política no futebol
Isso causa muito problema para o clube, não só entre os atletas mas também entre os funcionários, muita incerteza.
Denúncias na carta aos vascaínos
Descobrimos um desvio de FGTS na ordem de R$5 milhões. Foi entregue um dossiê à Policia Federal.
Situação de Benítez
A ultima noticia que tive foi que um candidato já contratou. É difícil caminhar com uma proposta dessas diante dessa turbulência. Havia feito um acordo com o Independiente de usar nossos parceiros em um projeto capaz de captar os recursos. Com essa confusão, Isso gera insegurança nesses parceiros, que tiraram o pé. Não vejo possibilidade de resolver no curto prazo. Temos até dezembro. Vai depender da decisão sobre as eleições. Quando vamos poder retomar as conversas com o candidato eleito.