Futebol Internacional

Capitão de time português valoriza técnicos locais e cita os malefícios da saída de Luís Castro do Botafogo

Fabrício Isidoro, volante do Sporting Clube Farense, comentou sobre o momento do Fogão e a ascensão dos treinadores de Portugal

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Foto: Jessica Santana
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A escola portuguesa de técnicos está influenciando o Brasil. E isto é visto no Campeonato Brasileiro já que dos treinadores dos clubes de Série A, cinco são do país europeu. Para isso acontecer, a valorização “em casa” é fundamental. Filho de Paulo Isidoro, atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1982, Fabrício Isidoro, capitão do Sporting Clube Farense, time de Portugal que subiu para primeira divisão nacional neste ano, teve diversos técnicos portugueses e se surpreendeu com a capacidade tática e de comando dos treinadores locais. O jogador atrelou a crescente portuguesa nos fortes estudos e disse ter a expectativa alta para o futuro dos comandantes.

Os técnicos portugueses estudam muito mais. Lá eles são bem estudiosos por natureza. Os cursos também são muito bons. Por isso, os patamares são bem altos. Eles estão se ambientando muito, crescendo bastante , fazendo bons trabalhos, é exatamente por isso – disse antes de complementar.

– A crescente é alta. Já estão indo pra Arábia, Europa, vários lugares do mundo. Eles são bem focados nos treinos. Colocam treinadores para cada setor do tempo. Focam na linha de quatro atrás, com muita repetição. E sempre que fazer o que pedem. A tática é bem forte – frisou.

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Um dos treinadores portugueses que teve passagem bem agitada pelo Brasil foi Luís Castro, que estava no Botafogo. O comandante teve início irregular, mas colocou o alvinegro no primeiro lugar do Brasieirão. Contudo, uma proposta “irrecusável” mudou o rumo e foi para o Al-Nassr, da Arábia Saudita.

Isidoro comentou sobre essa situação. Ele citou as dificuldades que uma troca de comando no meio da temporada podem causar e a importância da continuidade do trabalho.

– Os jogadores abraçaram a ideia dele, tanto que acreditaram no que deveria ser feito. Por isso o começo foi ruim, mas agora estão fazendo um campeonato excelente. São os mesmos jogadores, o que quer dizer que o trabalho tem que ser feito, tem que dar o tempo necessário – destacou.

– A saída de um técnico sempre é uma perda muito grande porque é a pessoa que comanda uma equipe. E eu acho que a saída do Luís Castro pode acabar atrapalhando muito o Botafogo, infelizmente. O treinador é a cabeça do time e pode significar muito para o final de campeonato.

O O Botafogo anunciou a saída do treinador Luís Castro. O português de 61 anos aceitou a proposta do Al-Nassr, da Arábia Saudita, time de Cristiano Ronaldo. O técnico assinará contrato de dois anos, com salário anual de US$ 6 milhões (R$ 29,1 milhões), além de mansão avaliada em R$ 13 milhões.

Sob o comando do treinador português, o Alvinegro encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro de 2022 ocupando a 11ª posição, ficando a apenas três pontos de garantir uma vaga na fase preliminar da Copa Libertadores. Além disso, a equipe foi eliminada nas oitavas de final da Copa do Brasil pelo América-MG.

Na atual temporada, o desempenho não foi satisfatório, com a equipe não se classificando para as semifinais do Campeonato Carioca e sendo eliminada novamente nas oitavas de final da Copa do Brasil. No entanto, o time tem se destacado no Brasileirão, ocupando a liderança com uma vantagem de sete pontos sobre o segundo colocado, o Grêmio, após 12 rodadas disputadas. Além disso, o clube se encontra nos playoffs da Copa Sul-Americana, enfrentando o Patronato, da Argentina.

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