São Paulo
Carpini faz análise tática após vitória do São Paulo na Supercopa Rei
Treinador conquistou seu primeiro título na carreira no último domingo
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O São Paulo derrotou o rival Palmeiras nos penaltis e se sagrou campeão da Supercopa do Brasil no último domingo (4). Após um 0 a 0 truncado e de muitas faltas, o Tricolor converteu suas quatro cobranças com Calleri, Galoppo, Pablo Maia e Michel Araújo. Rafael brilhou e defendeu as cobranças de Murilo e Piquerez. Essa era a única conquista que faltava na galeria de troféus do clube do Morumbi, que agora é “Campeão de tudo”.
Na noite desta segunda-feira (3), Carpini foi ao programa Boleiragem para falar um pouco sobre sua carreira, chegada ao São Paulo e, principalmente, sobre seu primeiro título como treinador. Confira um pouco do que comentou o treinador são-paulino.
OPÇÃO POR NIKÃO COMO SUBSTITUTO DE LUCAS
“Já enfrentei o Palmeiras nessa formação [3 zagueiros], essa dobra de Marcos Rocha e Mayke pela direita é habitual. O Mayke é um jogador muito ofensivo e acaba deixando espaços nas suas costas. Quando o Lucas joga, apesar de jogar da esquerda pra dentro, ele por característica nos dá profundidade. Do outro lado, o Rato joga muito por dentro e a gente fica sem aproveitar muito o corredor e sem muito volume ofensivo pela direita. Se eu optasse pelo Galoppo, entraria na mesma questão do Rato de muito jogo por dentro e sobrecarregaria o Welington como único desafogo pra dar profundidade pela esquerda. A ideia do Nikão pela esquerda, então, foi pra dar mais profundidade por aquele lado.”
PREFERE UM ‘TIME-BASE’ OU VAI SE ADEQUAR DE ACORDO COM O ADVERSÁRIO
“Gosto de ter uma continuidade, um time-base. Eu acho que cria um padrão. Mas, dentro disso, criar algumas alternativas, variar algumas movimentações em cima do adversário. O Palmeiras foi um caso que tivemos que ter cuidado. No próprio Campeonato Paulista a gente variou um pouco, já jogamos com 3 zagueiros, jogamos com um losango com um meia e dois atacantes.”
MOREIRA
“Muito parecido com o que o Igor Vinicius entrega pra nós. Foi uma surpresa boa. Não surpresa, porque já tinha participado de outros jogos. Mas entrou com muita personalidade, muito bem. Inclusive no clássico contra o Corinthians estava muito bem. Menino muito interessante. A pré-temporada foi comprometida por uma lesão, mas agora com certeza vai nos ajudar bastante.”
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COMO LIDA COM O CANSAÇO DOS ATLETAS
“Ouvir a parte fisiológica, o preparador físico, é muito importante. Mas não abro mão de ouvir o atleta. Acho que quem conhece muito bem o atleta é o próprio atleta. Se tenho uma partida muito importante, com um time-base muito bem ajustado, e os números [físicos] dizem que um jogador não pode jogar, mas ele me disse que tem condições de jogar, ele joga.”
JAMES RODRÍGUEZ
“Trabalhei pouquíssimo tempo com o James ainda, mas claro que a gente conhece o histórico do atleta. Pelo pouco que percebi, vamos tirar o melhor dele se ele não tiver que percorrer muito o campo e estiver próximo do gol adversário. A melhor situação que eu vejo para o James é próximo de como ele joga pela Seleção [Colombiana], que seria organizando o time pra ele. Montar um tripé no meio de campo, com dois jogadores mais abertos como Alisson, Pablo, Bobadilla, caras com força pra correr pelos lados, com ele sendo o 10. A grande questão é que a preparação dele foi muito comprometida. Ele treinou muito pouco com o elenco. O James tem um incômodo crônico no tendão e fica com dificuldade para atingir seu melhor estágio. Tem muito do feeling do James, preciso que ele se sinta seguro pra jogar, que esteja pronto pra jogar e participar. Eu não me senti seguro de comprometer todo um sistema, eu teria de ajustar muita coisa pra que ele fizesse parte e acho que as coisas estão muito bem. Acho que ele tem que se adaptar ao São Paulo. Claro que, quando ele estiver em campo, a gente vai criar alternativas pra ajudá-lo, mas quando ele reunir condições em todos os aspectos, de estar no São Paulo e nos ajudar.”
JAMES, LUCIANO, LUCAS E CALLERI JUNTOS
“Da maneira que eu enxergo o futebol hoje, com o tamanho da competitividade… O Luciano tem melhorado muito o comportamento sem a bola. Eu gosto de ter o jogo, gosto de propor, mas a gente tem que pensar em todos os momentos da partida. Pra iniciar é difícil. Talvez em uma circunstância de jogo com uma linha defensiva muito bem posicionada e com os laterais protegendo mais, seria possível.”