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Choque-Rei decisivo tem histórico extenso de rivalidade e finais na base
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Os jogadores da base, que hoje despontam nas equipes profissionais de Palmeiras e São Paulo, sequer eram nascidos quando os dois times se enfrentaram pela última e única vez em uma final, no ano de 1992. Porém ao contrário dos times principais, as Crias da Academia e os Made In Cotia que disputam esse Choque-Rei têm um longo histórico de decisões entre si nas suas carreiras.
Somente em Paulistas, Palmeiras e São Paulo decidiram seis títulos desde 2017, com três conquistas para cada lado. Enquanto o São Paulo levou o caneco nos Paulistas sub-17 de 2019, e sub-15 e sub-11 de 2018, o Palmeiras ficou com a taça no sub-17 e no sub-13 de 2018, e no sub-15 de 2017.
Um dos grandes personagens dessa história é o zagueiro Renan, que atuou como titular no primeiro jogo da grande final formando o trio de zaga palmeirense, mas era lateral nas categorias de base. Para ele não é o primeiro Choque-Rei em uma final de Campeonato Paulista, mas sim a quarta disputa. Ele esteve presente nas conquistas do sub-15, em 2017, do sub-17, em 2018 e no vice-campeonato do sub-17, em 2019. Mesmo caminho feito por Henri, Vanderlan, Gabriel Silva e Gabriel Verón. Pelo São Paulo, entre os que atuam pelo profissional, Talles Costa é o único que disputou essas mesmas três finais. O lateral-esquerdo Welington também esteve na final do sub-17 de 2018, mas com outros atletas que já deixaram o clube, como Morato, zagueiro do Benfica, Gustavo Maia, do Barcelona B, Lucas Fasson e Lucas Sena, que saíram em situação polêmica e o atacante Ricardinho, destaque do Grêmio na final do Campeonato Gaúcho.
As decisões são lembradas como jogos bastante intensos, cheios de rivalidade e provocação, que infelizmente tiveram desfechos ruins. Das disputas das categorias entre 2001 e 2003 nos Paulistas, algumas terminaram em confusão após o apito final, sendo a mais marcante a briga generalizada na final do Paulista sub-17 de 2019, inclusive com expulsão do palmeirense Renan.
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Só que não é só de Paulistas que vivem as categorias de base de Palmeiras e São Paulo, a rivalidade também cresceu e muito com as disputas dos campeonatos nacionais. Em 2019, por exemplo, o Palmeiras venceu a Copa do Brasil sub-17 contra o São Paulo, com gols de Gabriel Silva e Gabriel Verón. No sub-20 foram mais três confrontos em finais: as decisões da Copa RS de 2017 e 2018 e da Supercopa do Brasil de 2018.
O Choque-Rei de 2017 já contava com vários são-paulinos, que hoje são figuras presentes no time profissional, como Igor Liziero, Igor Gomes, Gabriel Sara, Luan, Diego Costa e Rodrigo Freitas, além de outros nomes conhecidos, como Antony, Helinho, Tuta e Walce. Pelo alviverde, Luan Cândido, do Red Bull Bragantino, o atacante Fernando e o zagueiro Vitão, que hoje defendem o Shakhtar Donetsk-UCR, e o meia Papagaio, estrelavam o time. O São Paulo venceu o jogo por 4 a 3, com um gol nos acréscimos e conquistou o título
No ano seguinte os dois times decidiram a Supercopa sub-20, torneio entre o campeão brasileiro e o vencedor da Copa do Brasil e o São Paulo levou a melhor. A decisão marcou um encontro que também acontece na final do Paulistão de 2021: Diego Costa, Gabriel Sara e Igor Gomes, pelo São Paulo, contra Lucas Esteves, Patrick de Paula e Wesley, pelo Palmeiras. Esse clássico também é lembrado por uma música feita pelo volante Cássio, do São Paulo e hoje no Leganés-ESP, em provocação ao rival por não ter conquistado a Copa São Paulo, a Copa RS e a Supercopa.
A provocação não durou muito, o Palmeiras conquistou a Copa RS de 2018, em cima do próprio São Paulo, poucos meses depois, em disputa de pênaltis.
Aliás, as disputas de pênaltis marcaram as finais entre essas gerações de Palmeiras e São Paulo. Além da Copa RS de 2018, com o pênalti decisivo convertido por Patrick de Paula, a decisão do sub-17 de 2019 e da Supercopa de 2018 também foram para a marca da cal, com vitórias do São Paulo. No sub-20, Wesley desperdiçou a cobrança que garantiu o título do rival.
Ao todo, as Crias da Academia e os Made In Cotia decidiram dez títulos na base nos últimos quatro anos, com cinco conquistas para cada lado. E agora, quem desempata essa disputa no profissional?