Queda de rendimento no 2° tempo acende alerta para o Atlético-MG na semifinal do Mineiro

Após a vitória por 2 a 1 sobre o América no primeiro jogo da semifinal do Campeonato Mineiro, ficou evidente que o Atlético tem um problema no segundo tempo das partidas.

Foram apenas três jogos até aqui desde a volta do futebol. Mas nos três deu para ver muita coisa do Atlético de Sampaoli, como as variações de formações, o abuso das jogadas pela lateral, a importância do goleiro e dos zagueiros nas saídas de bola, entre outras. Mas uma coisa chamou atenção e preocupa o treinador, os jogadores e a torcida: o baixo rendimento do Galo em todos os segundo tempo disputados até aqui.

O Atlético teve excelentes atuações nas primeiras etapas das partidas. Time jogando compactado, jogadas fluindo como o esperado, pontas e laterais se entendendo, meias e zagueiros contribuindo muito para a criação das jogadas e o mais importante, gols saindo. O Galo marcou sete gols nesses três jogos, todos no primeiro tempo. Para se ter uma ideia, o Atlético chegou a ter +80% de posse de bola contra o América, tendo o domínio total do jogo.

– Nos outros jogos, nós controlamos o primeiro tempo, controlamos tudo. No segundo tempo nós deixamos de controlar o jogo, não conseguimos jogar por dentro, por isso a pressão do rival, que no primeiro tempo não criou, mas no segundo tempo criou em algum momento – afirmou Sampaoli

Já no segundo tempo, como disse Sampaoli, o América foi mais perigoso e criou chances. O Atlético não conseguiu manter o domínio do jogo e também teve mais dificuldades de criar. O América chegou a dominar o jogo por um período de 10/15 minutos e chegou perto do empate.

ESTATÍSTICAS

Fazendo uma comparação entre o primeiro e o segundo tempo do primeiro jogo da semifinal, o Atlético teve:
Posse de bola: 66% x 64%
Passes (%): 326(87%) x (80%) 225
Chutes (no gol): 6(2) x (1)6
Grandes chances criadas (perdidas): 2(0) x (1)2

Os dados deixam evidente, principalmente com relação a troca de passes, o quanto o rendimento do time cai. São 100 passes trocados a menos e uma porcentagem de acerto menor, o que, para um time que prioriza o passe e a posse de bola, faz muita diferença.

O Atlético de Sampaoli ainda não perdeu, mas para conseguir se classificar e chegar a final com mais tranquilidade, precisa jogar o mesmo nível de futebol os 90 minutos e não apenas 45.