Fluminense
Com Fred ainda sem ritmo, ataque do Flu vive jejum e agora encara melhor defesa da Taça Rio
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São 270 minutos de jejum do ataque do Fluminense neste retorno do Campeonato Carioca e o nível de exigência vai aumentar. Depois de novamente passar em branco, desta vez diante do Botafogo neste domingo (5) no Nilton Santos, a equipe tricolor enfrentará o Flamengo na decisão da Taça Rio – time de melhor defesa no segundo turno do Carioca, com dois gols cedidos e ambos antes da paralisação. O desempenho ofensivo do time de Odair Hellmann é refletido do comandante do ataque, Fred. O camisa 9, ainda sem o ritmo ideal, tem média de um chute ao gol por jogo.
A utilização de Fred no comando de ataque tricolor está acontecendo de maneira gradativa. O camisa 9 vai ganhando minutos aos poucos. Nos três jogos que fez até o momento foram 207 minutos em campo, mas com uma produtividade baixa. A média do centroavante é de um arremate feito a cada 69 minutos disputados.
Os números podem ser justificados pelo pouco período de treinamento desde a volta às atividades no clube e pelo fato do camisa 9 tricolor ter sido pouco municiado no ataque tricolor. Porém a situação não acontece só com ele, mas com todo o ataque da equipe. Durante esta volta aos gramados Odair, fazendo uso das cinco substituições nos duelos, pôs em campo Evanílson, Marcos Paulo, Wellington Silva, Fernando Pacheco e Caio Paulista.
Até a formação tática foi alvo de mudança pelo treinador. Se nos dois últimos jogos da fase de grupos do segundo turno da competição ele mandou a campo uma escalação com três atacantes, neste duelo contra o Alvinegro o meio-campista Dodi ganhou uma oportunidade no lugar de Marcos Paulo e Nenê foi adiantado ao ataque. Nem mesmo o melhor finalizador do time na temporada conseguiu, mais próximo do gol, quebrar a marca negativa.
O técnico Odair Hellmann fez uma análise especial sobre a situação e reforçou a observação dos poucos treinos nos últimos dias. Na visão do treinador, o time criou, mas não teve a capacidade de matar as partidas. O comandante manteve a promessa de melhora do Fred e coletiva mediante aos trabalhos no dia-a-dia do clube.
“No primeiro (jogo), com um a menos, criamos quatro ou cinco oportunidades. No segundo, também. E hoje, também. Acho que dá para aumentar essa efetividade, mas isso virá com o tempo. A gente está inserindo jogadores. O Fred chegou agora. Está entrando na equipe, buscando melhor entrosamento com os jogadores. Tem um refino de movimento. Ele como jogador sabe disso. Isso só se ganhar com o tempo, trabalhar, errar. Fizemos poucos trabalhos de finalizações com movimentações específicas porque o processo é muito acelerado. Não tive tempo de treinar para o jogo contra o Botafogo. Sendo que temos 50 dias para começar o Campeonato Brasileiro. Isso não existe. E tenho que buscar evolução. Só quero elogiar os jogadores por toda dedicação que tiveram nesse tempo. E nós somos sabedores que precisamos e vamos evoluir”.