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Com Torben, Martine Grael e barco de volta ao mundo, Santos-Rio larga com 26 times

Regata é a mais antiga de oceano do país e tem chancela da ABVO.

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Aline Bassi
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A Regata Santos-Rio teve sua largada oficial nesta sexta-feira (25), às 12h, no litoral sul de São Paulo. A 74ª edição da prova de 200 milhas náuticas contará com quase 30 barcos em diversas classes.

A tradicional competição, chancelada pela ABVO, terá como destino final o Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ).

Às 10h, após a saída do píer do Iate Clube de Santos, os veleiros partiram do Deck do Pescador, na Ponta da Praia, para o Desfile dos Barcos. A Autoridade Portuária suspenderá o tráfego de navios mercantes antes da largada.

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A Marinha do Brasil marcará presença com seus navios, a Banda de Fuzileiros Navais, e fará a escolta dos barcos até o Rio de Janeiro. A Força Aérea Brasileira apresentará o show da Esquadrilha da Fumaça.

A previsão é de tempo fechado e ventos de média intensidade para a primeira metade da prova. Porém, Bayard Neto, comodoro da ABVO, alerta que a disputa pode trazer surpresas.

“É um desafio para qualquer velejador. E muito tradicional essa prova, que é realizada em uma área com um regime de ventos muito especial. A previsão apresenta muita variação de rumos e intensidades. Isso torna difícil a navegação. Teremos até ondas de dois metros e meio. É difícil prever a tática. É um desafio para qualquer velejador, temos experientes como Torben Grael e Martine Grael, ou seja, sete medalhas olímpicas a bordo”, disse Bayard Neto, comodoro da ABVO.

Recordista de vitórias, Torben Grael vai largar com o Magia IV na Santos-Rio. O bicampeão olímpico soma sete triunfos no corrigido e conquistou por seis vezes a Fita-Azul — primeiro barco a cruzar a linha de chegada no ICRJ, geralmente em aproximadamente 30 horas para os barcos mais rápidos. Agora, ele retorna ao seu ICL 30.

“Vencemos com um barco de apenas 30 pés, uma regata que foi toda de contravento. Buscamos táticas mais favoráveis e acabamos superando as tripulações das embarcações maiores.”

Neste ano, os filhos Marco e Martine, também bicampeã olímpica, estarão ao lado de Torben. A única ausência será a esposa Andrea, que ficará em terra, cuidando da neta Serena, de 4 anos, filha de Marco.

Das 19 medalhas olímpicas da vela brasileira, sete estarão a bordo do Magia IV, sendo quatro das oito de ouro.

O bicampeão olímpico participou pela primeira vez da Santos-Rio em 1978. “A tradição da regata é que nos motiva a participar a cada nova edição. Geralmente o vento é fraco, ou um contravento, e esporadicamente um vento mais forte quando coincide de entrar uma frente fria. Nas primeiras edições, era muito difícil velejar no vento fraco com barcos mais pesados, de madeira. Hoje, temos barcos mais leves, que performam muito bem com menos vento”, disse Torben.

Confira a lista de campeões da Regata Santos-Rio no site da ABVO: Vencedores da Regata Santos-Rio.

Quem está escalado também é o Barco Brasil, de José Guilherme Caldas. O veleiro vai disputar a Globe40, a Volta ao Mundo dos 40 pés em 2025.

Barco (Foto: Flávio Perez)
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