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Coreia do Norte desiste das Olimpíadas de Tóquio temendo coronavírus
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A Coreia do Norte não participará dos Jogos Olímpicos de Tóquio, entre julho e agosto. A decisão do Comitê Olímpico do país foi confirmada por um site esportivo administrado pelo governo local, que citou a pandemia de covid-19 como justificativa.
O comunicado, reproduzido pelo The New York Times, afirma que a desistência servirá “para proteger nossos atletas da crise global de saúde causada pela infecção de um vírus malicioso”. A Coreia do Norte afirma que não há casos oficiais no país, informação que é questionada pela comunidade internacional.
A primeira nação a desistir oficialmente das Olimpíadas deste ano já tinha garantido 16 vagas em modalidades como tiro com arco, maratona, boxe, saltos ornamentais, ginástica, tiro esportivo, tênis mesa e luta olímpica. Outra modalidade prejudicada será o levantamento de peso, com atletas favoritas à medalha em pelo menos três categorias do feminino. As vagas devem ser realocadas em pré-olímpicos asiáticos.
No Rio, em 2016, o país comandado por Kim Jong Un ficou em 34º lugar no quadro de medalhas, conquistando dois ouros (salto e levantamento de peso), quatro pratas (levantamento de peso) e duas de bronze (tênis de mesa e tiro esportivo).
É a primeira vez, desde 1988, que o país não participa de uma Olimpíada de Verão. Naquele ano, a Coreia do Norte boicotou o evento realizado pelos vizinhos do sul, uma vez que as duas nações permanecem em estado de guerra desde 1953. Embora haja tentativas de reaproximação diplomática durante os últimos anos, a tensão é um elemento constante entre os dois governos.
ESPORTE PELA PAZ
As duas Coreias têm utilizado o esporte para demonstrar união. Nos Jogos de Inverno de 2018, realizados em PyeongChang, na Coreia do Sul, as duas nações participaram da Cerimônia de Abertura sob a mesma bandeira, com seus atletas desfilando juntos. Foi um claro contraste ao boicote de 1988.
Uma candidatura conjunta entre Seul e Pyongyang para sediar uma edição dos Jogos Olímpico já foi ventilada. A proposta teria sido submetida novamente este ano pela Coreia do Sul, visando a edição de 2023.
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