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Corinthians comemora melhora financeira com redução de só 2% da dívida

Clube entende que arrecadação recorde era o primeiro passo em uma reestruturação e que o próximo presidente tem condições de abater a dívida

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Foto: Rodrigo Coca
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Embora o desempenho em campo não seja satisfatório, o Corinthians encontra razões para celebração nas suas finanças. Embora a dívida deva diminuir apenas 2% este ano, mantendo-se em níveis semelhantes aos anos anteriores, o clube se entusiasma com a conquista de uma receita recorde.

Para este ano, a previsão é de uma receita de R$ 909 milhões, um valor ligeiramente superior à dívida de R$ 892 milhões. Isso marca um feito inédito nos últimos anos, uma vez que anteriormente o clube devia mais do que conseguia gerar em um ano. Isso é o que o setor financeiro se refere como uma “mudança significativa” ou “transformação financeira”.

Sob a liderança de Duilio Monteiro Alves nos últimos três anos, o Corinthians conseguiu quase dobrar sua receita, mas fez progresso limitado na redução da dívida. Em 2020, a receita era de R$ 471 milhões (equivalente a 51,8% da previsão para este ano), enquanto a dívida já alcançava R$ 949 milhões.

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Para 2023, está prevista uma redução de 2% na dívida, conforme a revisão orçamentária que será apresentada ao Conselho Deliberativo do Corinthians em breve. A dívida, que começou em R$ 910 milhões, deve chegar a R$ 892 milhões no início de 2024.

Olhando para os três anos do mandato de Duilio, a dívida teve apenas uma diminuição de 6,1%.

Uma dívida nesse nível compromete uma parte substancial do orçamento. O Corinthians planeja gastar R$ 131 milhões apenas com juros da dívida neste ano, o que representa 13% de toda a receita do clube em 2023, destinados principalmente a evitar um aumento ainda maior da dívida.

O clube acredita que é mais vantajoso gerar uma alta receita e gastar correspondentemente, mesmo com uma dívida elevada, do que ter baixa arrecadação e despesas reduzidas enquanto a dívida persiste em níveis elevados, como era o caso anteriormente. Aumentar as receitas é considerado o primeiro passo antes de realizar uma redução significativa da dívida.

De acordo com os planos do clube, a nova situação proporciona uma margem de manobra mais favorável para que o próximo presidente possa efetivamente começar a reduzir a dívida. Agora, a questão é se os candidatos à sucessão de Duilio Monteiro Alves, André Negão e Augusto Melo, estão dispostos a seguir essa mesma trajetória.

A revisão orçamentária é essencialmente um ajuste nas expectativas, fornecendo a base para a elaboração do orçamento do ano seguinte. Os valores referentes a 2023 são estimativas, uma vez que o ano ainda não foi concluído. Os números precisos serão disponibilizados somente no balanço financeiro do clube, que será divulgado em março.

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