Coritiba

OPINIÃO: O Coritiba pode se tornar o novo Paraná Clube?

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Foto: Coritiba
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O Coritiba teve seu pior desempenho dos últimos 33 anos no Campeonato Paranaense, perdeu quatro dos últimos cinco jogos e não avançou à Fase II da competição. Com isso, um alerta se acende para a torcida, que se preocupa com mais um ano de fracassos e escolhas que levem o clube para um estágio irreversível. Mas o Coxa está mesmo perto do desmoronamento?

É difícil analisar no calor do momento, enquanto a não classificação parece o fim do mundo e o atual elenco parece o pior da história recente do Coxa. Mas não é bem assim: existem muitos acertos no plantel, e nas escolhas da diretoria. Muitos erros também, claro, e muitas heranças de gestões passadas que levarão tempo para ser corrigidas. Mesmo com o vexame imenso de não se classificar para as quartas de final, e colocar em cheque a participação na Copa do Brasil 2022, o Coritiba está longíssimo de tomar o mesmo caminho do Paraná Clube.

Isso porque o clube segue estruturado, com um projeto de longo prazo com potencial para funcionar, um financeiro razoavelmente em dia e uma diretoria existente. O Paraná não tinha nada disso. A única semelhança entre os dois times é o futebol ruim, mas o extracampo é muito diferente. Não que no Coxa a situação extracampo esteja boa: Marcelo Almeida pode deixar o G6 e o clima é de instabilidade, mas no tricolor a coisa era muito mais feia.

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O que precisa ser corrigido é o scout, que tropeçou feio nas últimas contratações, e trazer ao menos dois nomes para corrigir o setor ofensivo. Com isso o Coritiba tem um elenco aceitável para brigar pela parte de cima da tabela, mas ainda insuficiente para o acesso. A reestruturação precisa ser maior, e vai levar mais tempo depois dos erros da atual diretoria. Portanto, o plano deve ser a longo prazo, para que quando retornar à elite do futebol brasileiro, o faça com gordura para bater de frente com os adversários, e não para passar vergonha e cair outra vez.

Quanto ao treinador: Gustavo Morínigo começou bem, apresentou uma filosofia de jogo funcional e tinha tudo para engrenar. Agora vive um jejum de cinco jogos sem vencer contra equipes muito inferiores em estrutura e elenco. Mas isso ainda não é suficiente para crucificá-lo. As derrotas vieram por insuficiência do elenco e por erros de contratação, o treinador é o menor dos problemas em meio ao mar de equívocos.

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