Corinthians
Cruzamento tem sido a arma do Corinthians depois da paralisação
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O Corinthians fez, nesta sexta-feira (31), o seu primeiro treino depois da vitória por 2×0 contra o Red Bull Bragantino no Campeonato Paulista. Entre as atividades, Tiago Nunes aplicou um trabalho técnico visando a melhora de alguns fundamentos, como finalizações, passes e cruzamentos. A bola na área, entretanto, tem sido a principal arma do Timão desde a volta do futebol.
Nos últimos três jogos, o Corinthians fez três gols de cabeça, vindos de cruzamentos com bola parada. No time que começou contra o Bragantino, na última rodada, seis jogadores de linha tinham 1,80 m ou mais, favorecendo ainda mais o uso desse tipo de jogada. E o aproveitamento dos cruzamentos com bola rolando também tem tido destaque.
Tudo pensado
Tiago Nunes soube dar amplitude ao time de forma que a chegada à linha de fundo fosse bem sucedida. No Derby, o Corinthians acertou cinco dos 10 cruzamentos tentados, enquanto o Palmeiras só teve sucesso em três das suas 18 tentativas. Com a chegada de Jô, o volume de bolas alçadas tende a aumentar, tanto para o atacante finalizar ou ser usado como pivô. Contra o Bragantino, foram 16 cruzamentos e oito acertos, enquanto os adversários concluíram apenas sete das 26 investidas.
Não é a toa que Fagner é um dos grandes criadores do Corinthians. E não só no Timão: em todo o Campeonato Paulista, é o principal “armador”, mesmo na lateral. De acordo com dados do SofaScore, Fagner é quem mais criou grandes chances (8), deu passes decisivos (36) e o maior assistente (5) da competição. Isso evidencia o estilo de criação de Tiago Nunes – pelos lados e chegando à linha de fundo.
Além de Fagner, Janderson e Everaldo, pontas com característica de levar a bola pela lateral, também participam da criação. Juntos, somam três assistências. Isso mostra como Tiago Nunes pensa a parte ofensiva do time: mais do que apenas manter a bola com passes, abrir o campo e aproveitar cruzamentos.
Outras armas
Além do cruzamento, o Corinthians tem mostrado ótimo aproveitamento em passes de longa distância. Seja em ligação direta dos zagueiros ou vindo das laterais para o pivô, o Timão tenta, em média, 63 bolas longas por jogo. Nessas tentativas, em 54% das vezes o resultado é positivo. Essa é outra faceta do jogo do Corinthians que tende a aumentar com a chegada de Jô.
Estes números são indicadores de que Tiago Nunes tem, mesmo com os possíveis problemas, opções no ataque do time. Sem se rotular um treinador ofensivo, o comandante alvinegro mostra que, além do jogo de posse de bola e criação agrupada, o Corinthians pode atacar de várias maneiras. Seja com a bola no chão, lançamentos da defesa ou, o que tem tido mais sucesso, os cruzamentos na área.
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