Campeonato Brasileiro

Cuiabá x Botafogo: entenda papel da SAF na trajetória das duas equipes na Série A

Cuiabá detém o posto de primeira SAF no país, enquanto o Botafogo, em 2022, recebeu uma proposta de John Textor para adquirir 90% das ações do clube

Publicado em

Foto: AssCom Dourado
— Continua depois da publicidade —

Nesta quarta-feira (3), às 19h (de Brasília), na Arena Pantanal, Cuiabá e Botafogo se enfrentam pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O duelo marca o encontro de duas equipes da Série A que adotam o modelo empresarial de gestão, formato que tem se consolidado cada vez mais no Brasil. Só na primeira divisão, nove das 20 equipes são SAFs (Sociedade Anônima do Futebol).

O Cuiabá detém o posto de primeira SAF do país e acumula frutos no âmbito econômico. Segundo balanço divulgado pelo clube no início deste ano, o Dourado teve receita bruta superior a R$ 168 milhões no ano de 2023. Se comparado a 2022, esse valor apresenta um crescimento de 45%, recorde para o time do Centro-Oeste.

A família Dresch assumiu a gestão da agremiação em 2009. Segundo Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, a situação em que o clube se encontra está diretamente ligada aos mecanismos implementados, aos investimentos feitos e aos retornos obtidos pela SAF.

Publicidade

“O sucesso da gestão do Cuiabá é muito baseado na forma como o clube é administrado. O clube sempre foi uma empresa. Contamos com uma estrutura administrativa bem enxuta, com poucas pessoas. Temos conseguido alcançar boas receitas com televisão. Ano passado, por exemplo, a gente teve um incremento grande na nossa receita com a venda dos direitos de transmissão da Liga Forte União”, afirma Cristiano.

Do outro lado, o Botafogo, adversário do Dourado nesta quarta-feira (3), teve sua mudança no modelo de gestão em 2022. Naquele ano, o Glorioso adotou o modelo SAF, quando John Textor, adquiriu 90% das ações do clube por 52 milhões de libras — cerca de 400 milhões de reais. O investidor americano na época, por meio de seu grupo Eagle Football Holdings LLC, já possuía porcentagem no Crystal Palace, da Inglaterra, e no RWD Molenbeek, da Bélgica. Pouco tempo depois, Textor ainda se tornou sócio majoritário no Lyon, da França.

De lá para cá, o Alvinegro carioca, que esteve na segunda divisão do campeonato brasileiro em 2021, conseguiu se reerguer dentro e fora de campo. A equipe chegou em duas competições internacionais: a Sul-Americana, em 2023; e a Libertadores, neste ano. No Brasileirão do ano passado, o time brigou na parte de cima da tabela, se mantendo na primeira colocação por 31 rodadas.

No aspecto financeiro, o Botafogo tem lutado para pagar os seus débitos, em sua grande maioria acumulados antes da compra do clube. Segundo divulgado pelo CEO da SAF do Glorioso, Thairo Arruda, Textor assumiu o clube com um passivo (somatório das dívidas trabalhistas, cíveis e tributárias) em R$ 1,1 bilhão. A expectativa após dois anos deste modelo de gestão é de fechar o ano com a soma das dívidas em R$ 600 milhões, o que representa uma redução de aproximadamente 45,45% do valor inicial.

Ainda segundo o CEO, a receita do Alvinegro saiu de R$ 120 milhões para R$ 530 milhões, ao longo deste período, o que representa um aumento expressivo de aproximadamente 341,67%, em apenas dois anos de trabalho.

Clique para comentar

As mais acessadas

Sair da versão mobile