De criticado a candidato a Rei da América: como Rony se tornou peça fundamental no Palmeiras

A CONMEBOL anunciou no dia 5 de janeiro os candidatos a Rei da América, o prêmio dado para o melhor jogador da América do Sul na temporada, e, dentre os candidatos, um palmeirense chamou a atenção: Rony.

Para quem tem acompanhado o alviverde, a indicação do atacante não é uma surpresa. O camisa 11 tem cinco gols e sete assistências na Libertadores, sendo o jogador com mais participações diretas em gol na competição, com doze. Além disso, o atleta também foi eleito o melhor em campo em quatros oportunidades no torneio.

CHEGADA AO PALMEIRAS

O destaque à indicação se deve à diferença entre o começo do Rony com a camisa do Palmeiras e o momento que ele vive agora. No final de fevereiro, o atacante veio do Athletico por seis milhões de euros, cerca de R$ 28,5 milhões na época, após longa novela, desistência do negócio e “chapéu” no rival do Corinthians. Ele se destacou, principalmente, no título da Copa do Brasil no ex-clube, em que marcou um gol na final contra o Internacional, no Beira-Rio, em uma vitória por 2 a 1.

Quando chegou ao Palmeiras, Rony demorou para se encaixar no time. Ainda sob comando de Vanderlei Luxemburgo, o camisa 11 parecia não estar confortável dentro do esquema tático da equipe e colecionava partidas e momentos ruins com a camisa Alviverde. Pelo alto investimento, ele ainda ficou marcado pela torcida, que pedia um retorno técnico imediato.

O atacante só marcou o primeiro gol com a camisa do Palmeiras contra o Bolívar, já no final de setembro, na décima nona partida pelo clube, naquele que seria um dos últimos jogos do “pofexô” no comando técnico alviverde. Até aquele momento, Rony tinha apenas três assistências pelo time e, oscilando entre titularidade e o banco de reservas, surgia apenas como um jogador para dar velocidade no segundo tempo.

SAÍDA DE LUXEMBURGO E MUDANÇA DE JOGO

Entretanto, a história do atleta de Magalhães Barata, do Pará, começou a mudar após uma derrota, em casa, para o Coritiba, no meio de outubro. Na ocasião, o Palmeiras demitiu Vanderlei Luxemburgo e foi à procura de um novo treinador para o time. Enquanto ia atrás de técnicos estrangeiros e recebia algumas recusas, o Verdão deixou Andrey Lopes, o Cebola, como interino no comando da equipe.

Depois da derrota para o Fortaleza por 2 a 0 na estreia, o treinador interino mudou a equipe e conseguiu uma série de quatro vitórias seguidas, com 14 gols feitos e apenas um sofrido. Com um jogo mais vertical, ficando menos com a bola, optando pelos contra-ataques e transições ofensivas velozes, o Palmeiras começou a encantar e animar o torcedor. Nessas partidas, Rony marcou dois gols e deu uma assistência, parecendo muitos mais encaixado ao estilo de jogo da equipe.

No começo de novembro, o português Abel Ferreira foi anunciado como técnico do Verdão e foi aí que o camisa 11 começou a “deslanchar” no Palmeiras. Dando sequência ao trabalho de Andrey Lopes, a equipe de Abel continuou com muita força ofensiva e solidez defensiva. Com um jogo marcado pela pressão e velocidade, a equipe tem as características que se assemelham muito ao estilo de jogo do atacante.

Desde a chegada do português ao Palmeiras, Rony vem sendo um dos destaques do time, com sete gols e cinco assistências em 15 jogos, atuando, inclusive, como centroavante em vários momentos.

Claro que o Rony não é perfeito e comete falhas, o jogador ainda tem que melhorar as tomadas de decisões em campo, principalmente no momento ofensivo. De acordo com o site SofaScore, o atacante teve cinco grande chances perdidas nessas mesmas últimas quinze atuações. A maior marca da equipe. Porém, a diferença e a melhora do nível técnico do começo de sua passagem e do atual momento é enorme.

Sendo assim, o Rony ainda tem que melhorar em alguns pontos, mas o saldo da história dele pelo Palmeiras é muito positivo. Entre gols importantes, como na semifinal contra o River Plate, e algumas atrapalhadas em campo, ele tem potencial para mais e ganhou destaque sendo nomeado, portanto, como candidato a Rei da América.

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