De xodó a vaiado, Luís Henrique cai de rendimento e não deve permanecer no Botafogo

12 de agosto, última rodada do primeiro turno. Na virada do Botafogo sobre o Internacional, Luís Henrique comandava o ataque alvinegro com um gol e uma assistência. O grande primeiro turno do atacante, assim como vários outros do elenco, contrastou com uma queda de rendimento inacreditável no returno, que praticamente acabou com as chances de uma permanência para a próxima temporada.

Depois de um 2022 de poucos minutos, Luís Henrique parecia ter dado a volta por cima no Botafogo, onde foi revelado anos atrás. Revezando na ponta-esquerda com Victor Sá, foi peça importante em diversos momentos, como no gol na vitória sobre o Vasco, logo após a saída do técnico Luís Castro. O jogador virou xodó da torcida, e nos bastidores, o clube já analisava como agir para comprá-lo em definitivo.

Emprestado pelo Olympique de Marselha até o fim do ano, Luís Henrique tinha o passe fixado em € 8 milhões (R$ 43 milhões). Desde aquela época, o atacante já estava distante de bater a meta para compra obrigatória, mas o Botafogo dava indícios de que faria um esforço para manter o jogador, o que caiu por água abaixo nos últimos meses.

Muitos jogadores foram criticados pela torcida do Botafogo nos últimos meses, mas Luís Henrique foi um dos que mais sofreram com os alvinegros. Lances marcantes, como um erro decisivo contra o Cuiabá e uma chance clara perdida contra o Cruzeiro, entre vários jogos ruins, afetaram a relação com os torcedores. Contra o clube mineiro, na penúltima rodada, o atacante foi vaiado ao ser substituído.

No mercado, o Botafogo ainda não deu sinais de que vai buscar um ponta-esquerda para 2024. No momento, Victor Sá e Carlos Alberto são as principais opções no setor, com Diego Hernández correndo por fora.