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Diniz descreve lanterna do Brasileirão: “Sentimento horroroso”

O técnico Fernando Diniz concedeu coletiva de imprensa após a derrota por 2 a 0 sofrida pelo Cruzeiro.

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Foto: Marcelo Gonçalves/FFC
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O técnico Fernando Diniz concedeu coletiva de imprensa após a derrota por 2 a 0 sofrida pelo Cruzeiro. Diniz reconheceu que o Fluminense fez uma boa partida e o revés aconteceu devido ao pênalti marcado a favor da Raposa na primeira etapa.

— O time hoje não foi o mesmo que jogou contra Juventude, Botafogo ou Atlético-GO. O jogo de hoje não tem nada a ver com os outros jogos. Jogamos bem contra o Cruzeiro, time todo mexido, com muitos jogadores fora. A equipe conseguiu produzir, podia ter ganho o jogo, mas perdeu. Teve um pênalti que, na minha opinião, foi inexistente. O árbitro teve interferência direta na partida. Trabalhar não é só na técnica, fisicamente, é em todas as frente. Quando a gente estava com o vento todo a favor, fomos muito lenientes. Agora, estamos voltando. Demos uma resposta positiva que não se traduziu no resultado do jogo. Fizemos uma coisa inédita que foi conquistar a Libertadores. O time pode voltar a fazer uma grande temporada.

A terceira derrota consecutiva fez com que o Tricolor chegasse ao último lugar do Brasileirão. Fato que não ocorria desde 2009, ano que o time lutou contra a queda até a última rodada. Porém, o técnico se demostrou tranquilo enquanto a pressão por conta da posição e também pela revolta vinda das arquibancadas que pedem sua saída do comando técnico.

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— Lógico que mexe. É um sentimento horroroso. Muito ruim. Tem que ser forte, trabalhar muito e achar soluções para que o Fluminense saia dessa situação. Tem todas as condições de sair disso. Temos de maneira natural, a gente não tem reunião por conta especificamente só do momento. As reuniões acontecem toda semana, quase que todo dia eu tenho reunião com o Paulo Angioni. Falo com o Fred, então não é nada assim alarmante, só por conta do momento. Obviamente que o momento preocupa todo mundo, em relação às peças. Quando eu falei de mudança não é relação necessariamente a peça, é relação ao estado anímico do time, de como se comportar, de como marcar, de como construir, e na minha opinião hoje a gente teve uma mudança significativa no sentido de como a gente se comportou diante do Cruzeiro aqui, não foi suficiente para ganhar, mas a equipe teve uma mudança, uma mudança positiva em relação ao que ela fez, principalmente na última partida — Disse Diniz, que ainda explicou como o atual campeão da Libertadores pode estar em 20° lugar:

— A gente não conseguir resultado é muito determinante para as análises, mas nos jogos do Brasileiro, posso citar um a um. Pelo que produzimos, embora a equipe esteja devendo, tivemos muitos jogos que na minha opinião, o Fluminense não merecia perder. Contra o Atlético-MG, tínhamos 2 a 0, partida na mão, tivemos a chance de fazer o terceiro e tomamos o empate. Contra o São Paulo, tomamos o gol nos últimos minutos. Contra o Atlético-GO, coisa parecida. Tínhamos 1 a 0, tivemos chance de fazer o segundo e o terceiro, não fizemos, mesmo não produzindo tanto. O resultado não vem, e a análise fica muito em cima do resultado. O torcedor, eu entendo de maneira completa. Trabalhou muito e agora chegou no teto? Se não for o teto e o time começar a ganhar, aí vai mudar a opinião, porque o resultado vem. Se jogar mal e ganhar três, quatro, cinco jogos, aí o trabalho já não ficou mais no teto. É uma coisa que não consigo ver dessa forma. Vejo ao contrário disso. Não vejo teto para trabalho, a gente sempre tem coisas para melhorar. Quando chega numa fase dessas, e talvez seja um desejo pessoal também, que ocorra uma mudança. O futebol é uma coisa cruel, essa máquina de moer gente o tempo todo em que a gente fica submetido ao resultado dos jogos.

Agora, o Fluminense se prepara para enfrentar o Flamengo, no próximo domingo (23), no Maracanã, às 16h. Pelo momento vivido apenas a vitória interessa para melhorar o ambiente nas Laranjeiras.

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