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Dívidas de Atlético e Cruzeiro representam mais de 17% do endividamento do futebol brasileiro

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Foto: Bruno Cantini/Atlético
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Estudo divulgado pela Ernst & Young sobre o balanço financeira dos 20 principais times brasileiros mostra que o endividamento dos clubes em 2019 foi de R$8,35 bilhões, um aumento de 15% em relação a 2018.

O que chama atenção nesses números é o “desempenho” dos times mineiros: o Cruzeiro é o segundo no ranking dos mais endividados, com R$ 799 milhões, e o Atlético é o quinto, com R$ 656 milhões em dívidas. Os dois juntos devem R$ 1,5 bilhões, ou seja, 17,42% do total.

Porém esses números podem ser ainda maiores: o balanço financeiro do time alvinegro ainda não passou pelo Conselho Deliberativo e, segundo o jornalista Rodrigo Capelo, a dívida total chega a R$ 746 milhões. Já o Conselho Gestor do Cruzeiro informou no início do ano que a dívida do clube já passa de R$ 800 milhões.

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O presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, disse em carta divulgada na última sexta (29) que a maior parte dos gastos do time é para pagar dívidas feitas pelas gestões anteriores e que, só em 2019, o montante foi de R$ 34 milhões.

Sette Câmara também revelou que o clube fechou acordo a Kroll para auditar as dívidas do Galo. O Atlético já havia firmado acordos com a Ernst & Young, a Falconi e a ICTS.

“Tenho muita tranquilidade em relação aos números da minha gestão. Tanto é que eu acabei de contratar outra auditoria, chamada Kroll. A mesma que levantou uma série de irregularidades lá no Cruzeiro. Também contratamos ela agora. E vamos, obviamente, disponibilizar todos os dados da minha gestão. Mas vamos dar uma olhadinha no passado, para identificar irregularidades e outras questões que possam esclarecer por que o Atlético chegou a esse nível de endividamento”, disse Sette Câmara em entrevista à Rádio Itatiaia.

Já o time celeste tem uma situação financeira mais preocupante. Uma das dívidas mais urgentes da Raposa é com a FIFA: R$ 36,6 milhões devem ser pagos no primeiro semestre de 2020 e R$ 43,7 no segundo semestre. Em 2021 resta a terceira parcela, de R$ 1,1 milhão.

Entre os processos que estão em andamento na Fifa estão: Willian (com o Zorya FC-UCR), Riascos (Morelia-MEX), Kunty Caicedo (Independiente Del Valle-EQU), Rafael Sobis (Tigres-MEX), Denilson (Al Wada-EUA) Thiago Neves (Al Jazira) e Arrascaeta (Defensor-URU).

Além disso há ainda dívidas trabalhistas, principalmente com ex-atletas, relacionadas com rescisões contratuais que foram feitas através da justiça, pagamentos de salários e direitos de imagens.

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