Internacional
Dois dirigentes do Internacional, da gestão 2015/2016, são denunciados pelo Ministério Público por estelionato e lavagem de dinheiro
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As investigações do Ministério Público do Rio Grande do Sul, sobre a polêmica gestão do Internacional nos anos de 2015 e 2016 seguem a todo vapor. Nesta quinta-feira (11), o órgão divulgou que concluiu análise sobre crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Dois dirigentes colorados, que faziam parte do alto escalação da diretoria, foram denunciados. Contudo, por motivos de segurança os nomes não foram revelados.
Os dois dirigentes, todavia, não foram os únicos denunciados. Segundo a investigação, os crimes envolviam desvio de dinheiro juntamente a área de turismo. Por conta disso, outros quatro empresários, não ligados ao clube, mas do ramo de viagens, foram igualmente investigados, assim como as empresas deles. Além de um estabelecimento de Porto Alegre, outro de Curitiba está entre os acusados.
De acordo com o Ministério Público, os dirigentes utilizavam notas fiscais e documentos fraudados, alegando serviços turísticos que não foram prestados. Por meio destes artifícios de contabilidade, o grupo desviava os valores. Posteriormente, descobriu-se que, esse dinheiro, foi utilizado para passagens de avião, um cruzeiro no Caribe, hospedagens em hotéis de luxo e, até mesmo, para bancar ceias comemorativa dos dirigentes.
– Esse dirigente exercia o comando operacional da organização criminosa, além de ser o destinatário direto e indireto da maior parte dos valores identificados como obtidos ilicitamente em prejuízo do clube. Coube a ele organizar a dinâmica criminosa, ordenando, internamente, desde os pagamentos diretos ou repasses de valores, alegadamente destinados a serviços de turismo, até a orquestração do conteúdo das notas fiscais que justificavam fraudulentamente tais despesas. Foi, também, o responsável principal pela formatação do esquema criminoso de lavagem de dinheiro desses valores desviados do Internacional – detalhou Flávio Duarte, promotor do caso, sobre um dos dirigentes colorados da gestão 2015/2016.
Para finalizar o anúncio sobre a quarta fase da investigação de dirigentes do Internacional, o Ministério Público trouxe detalhes de outro crime. Um membro do alto escalão colorado em 2015 e 2016, que não teve nome revelado, usou parte deste dinheiro desviado para comprar uma caminhonete para a esposa. Por conta disso, ele e a mulher foram denunciados, também, por ocultação de bens. Ao todo, segundo comunicado, esse esquema retirou dos cofres do clube gaúcho mais de R$ 340 mil. Apelidada de “Operação Rebote”, esse já é o quarto núcleo de investigação. Anteriormente, ações de cunho administrativo-financeiro, jurídico e de futebol tiveram denúncias apresentadas.
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