Seleção Brasileira

Dorival Júnior diz que observou muitos aspectos positivos: “Tivemos coisas muito mais positivas”

Sobre o jogo com o Uruguai, o técnico observa que faltou ter “lucidez de entrar com tranquilidade”

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Após a eliminação do Brasil da Copa América para o Uruguai em uma disputa de pênaltis, neste sábado, durante sua coletiva de imprensa, o técnico Dorival Júnior reconheceu as dificuldades encontradas pela seleção ao decorrer da competição. No entanto, o treinador afirmou que pode observar mais aspectos positivos do que negativos durante a campanha da seleção.

– É natural que depois de uma partida como essa, tudo o que poderia ter sido levado em conta, apaga-se. Tenho de ter consciência clara. É natural que muitas coisas aconteceram na competição, não fizemos jogos de um ótimo nível tecnicamente falando, mas também não descarto nenhuma das partidas, houve entrega, espirito de luta, a equipe nunca deixou de ir atrás do resultado, foi uma equipe valente sempre, tivemos coisas muito mais positivas que negativas neste processo – disse o treinador.

Ao ser perguntado sobre o que espera sobre seu futuro, Dorival falou que isso é trabalho que exige paciência. O técnico ainda falou que irá se reunir com a CBF para conversar sobre o que passou na competição, na visão dele a seleção apresentou coisas positivas durante esse período.

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– Acho que é um trabalho moroso, paciencioso, tudo o que queremos é acelerar para voltar a ter essa equipe. Todo esse sentimento que estamos tendo, olhando, observando, será importante. Alinharmos tudo isso, sentarmos com a CBF, conversarmos sobre tudo o que se passou, tivemos coisas positivas ao longo deste período de treinos e jogos, não foram os resultados que gostaríamos, tenho de reconhecer, chamando a responsabilidade dos resultados para o treinador. Mas temos tudo para evoluir, crescer, melhorar muito além do que foi apresentado. – afirmou Dorival. 

– Fizemos uma reformulação grande na equipe, temos que entender que para muitos é a primeira vez, eu estou com oito jogos, é um processo que teremos que passar. Temos consciência das dificuldades que encontraremos, porém conheço os caminhos para fazer com que tudo aconteça. Não tivemos nenhuma derrota, talvez não os resultados que buscávamos, mas muito a evoluir. A primeira coisa é buscar a classificação para a Copa, estamos em sexto, isso nos incomoda e nos faz brigar daqui a pouco por outra situação na tabela de classificações.- completou. 

Ao falar sobre o jogo, Dorival admitiu que sua seleção não soube aproveitar a superioridade numérica após a expulsão de Nández. 

– Foi um jogo de muitos duelos e “trocação”, poucos momentos de lucidez técnica das duas equipes. A partir do momento em que ficamos com um jogador a mais nos complicamos, não tivemos essa lucidez de entrar com tranquilidade, com equilíbrio pelos lados do campo. Não aconteceu como queríamos.

Após a disputa da Copa América, Dorival Júnior terá mais de dois meses para preparar a seleção brasileira para a próxima Data Fifa. O Brasil só voltará a jogar pelas Eliminatórias Sul-Americanas no início de setembro, quando a seleção irá enfrentar o Equador, em um jogo que deverá acontecer em Porto Alegre. Além disso, também jogará com o Paraguai fora de casa. 

Confira outras respostas de Dorival Júnior:

Substituições que fez

– Primeiro, tínhamos dois com cartões. A primeira sensação foi essa. A segunda foi ter o meio preenchido para transitar bolas pelos lados, com Rodrygo e aí então Savinho, para os meias preencherem. tentamos, depois acabei fazendo uma nova alteração com Evanílson e Gabriel Martinelli para tentar mexer com a ultima linha adversária, estava bem estabelecida.

Comparação em relação ao Uruguai

– Acho que existe um padrão definido da seleção uruguaia, é claro, um trabalho mais longo. Teve problemas iniciais, corrigiu e hoje encontra excelentes resultados. Nós atingiremos tudo isso, com certeza. Mas é questão de tempo para que as correções sejam feitas. Tivemos problemas no início da competição, corrigimos, uma frente de área mais preenchida, poucas jogadas de infiltração na nossa linha de zagueiros, coisas boas que foram alcançadas. Ficamos com outras mais a desenvolver. É difícil ter um período como tivemos para acelerar os processos, talvez não tenhamos mais, mas demos um passo grande por uma melhora e crescimento.

Faltou um centroavante?

– Estamos procurando jogar com jogadores que vinham mostrando características nos seus clubes, tentamos para não ultrapassar, para aproveitar como cada atleta vinha desenvolvendo suas condições. Nós tivemos sim nestes oito jogos iniciais um homem de área, Evanílson teve só uma oportunidade, poucos minutos, reconheço isso, era uma forma de jogar que vinha dando certo, dando entendimento, estávamos criando oportunidades nos jogos iniciais e nos treinos, isso me dava condição de insistir nesta formação, os resultados vinham sendo alcançados.

Endrick

– Endrick é um garoto que naturalmente vai alcançar uma posição. Fez uma boa partida, não teve tantas oportunidades para finalizar, mas lutou até o fim, é o time de entrega que queremos.

Avaliações dos jogadores durante esse período

– Acho que as avaliações partem desde o dia da apresentação. Nosso nível em treino foi muito alto, muito bom, preocupados com detalhes, tudo o que poderia ser feito para a preservação dos atletas, da manutenção das condições físicas dos jogadores em final de temporada. Mesmo assim tiveram entrega grande, dedicação, a entrega foi muito alta, a expectativa também era pelo o que foi apresentado nos treinos. Podemos crescer muito, é um processo tudo isso. Explicar na derrota, numa desclassificação é difícil, as pessoas não vão entender o que se passa na formatação de uma equipe. O futebol é um perde e ganha frequente, temos de nos recuperar em todos os níveis. Esse grupo tem entrega grande, lutou do primeiro ao último minuto. sempre procurou entregar o máximo, fica aí a possibilidade de uma melhora. Essa vivência de competição tem de ser levada à frente para que se estruture uma equipe.

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