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Edu curte boa fase no Brusque e revela sonho de atuar no Vasco: ‘Carrego a Cruz de Malta’
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Edu, o Imperador do Vale, passa por grande fase no Brusque. Aos 27 anos, o centroavante atingiu feitos inéditos e carimbou o nome na história do Quadricolor: é o artilheiro do time na temporada com 10 gols em 12 jogos, conquistou a taça da Recopa Catarinense e levou o clube à terceira fase da Copa do Brasil, deixando para trás equipes de tradição como Sport e Remo. No início deste mês, o goleador ainda entrou para a “seleção de todos os tempos”, campanha de votação aberta ao público divulgada pelo próprio Brusque.
O camisa 9 aterrissou no Vale do Itajaí no início do ano e, com ele, a responsabilidade de ser a principal referência no setor ofensivo. A afirmação de Edu na posição, abre caminho para a contribuição do atacante Thiago Alagoano, formando a dupla que caiu no gosto da torcida brusquense. Os dois foram responsáveis por 18 dos 23 gols do clube no ano. O Esporte News Mundo conversou com artilheiro sobre o momento ímpar que vive, atitudes reconhecidas fora de campo e o sonho de atuar pelo Vasco da Gama.
“A fase é boa, graças a Deus. 12 jogos e 10 gols no primeiro semestre, fizemos uma boa primeira fase no Catarinense e conseguimos escrever o nome na história do clube na Copa do Brasil. O Brusque nunca tinha passado para a terceira fase, a gente conquistou isso. Estou muito feliz por fazer parte dessa história, por estar atuando bem, ajudando nossa equipe. É uma equipe muito unida, muito aguerrida dentro de campo. Tem sido fundamental essa conexão minha com eles (torcedores), a gente se dá muito bem. Então isso é muito importante, a gente acaba entrando em campo mais leve, com mais vontade de levar alegria para a torcida e para a cidade de Brusque”, disse Edu. Ele prosseguiu:
“A gente (Edu e Thiago Alagoano) procura conversar muito dentro de campo e nos treinos. A gente entende a forma de um e outro de jogar, procuramos nos ajudar o tempo inteiro. Como a gente sempre fala, não tem vaidade. Muita gente olha de fora e pode pensar que tem vaidade de não querer botar o outro na cara do gol, não tem isso, não importa quem vai fazer o gol. A gente conversa sobre isso todo dia, sabemos que estamos ali pelo Brusque, para colocar o Brusque no melhor lugar possível, estamos fazendo parte disso. Estamos bem entrosado, as coisas vêm dando certo para a gente. Estou feliz por tudo que vem acontecendo nesses três meses da minha vida. É continuar na batalha, na pegada, até acabar essa pandemia e voltar tudo ao normal”, frisou.
Nascido e criado na comunidade do Jardim Miriambi, em São Gonçalo, Edu balançou as redes também fora de campo. No domingo de Páscoa, o atacante realizou entrega de caixas de bombom para as crianças da região. A atitude foi enaltecida pelo atleta, que revelou ter realizado um sonho de moleque.
“Era um sonho que eu tinha desde moleque, sempre quis fazer algo pela minha comunidade, quero fazer muito mais ainda. É um lugar carente, as pessoas necessitam muito, mas papai do céu me abençoou e eu pude estar contribuindo com a Páscoa de algumas crianças. Melhorei a Páscoa de algumas crianças, que de repente não teriam condição de comer um bombom. Com certeza foi o dia mais emocionante da minha vida, trazer alegria para a comunidade onde eu nasci, onde fui criado, onde minha família mora hoje, onde moro quando venho de férias. Então para mim foi muito gratificante”, apontou.
Edu foi titular em 12 dos 13 jogos da equipe do Vale do Itajaí. Porém, na última rodada da primeira fase do Catarinense ele foi poupado pelo técnico Jersinho Testoni. Agora, com a paralisação do campeonato por tempo indeterminado, o centroavante busca aprimorar a parte física em casa, a fim de manter a o ritmo exibido no primeiro semestre.
“Essa situação inusitada do COVID-19 pegou todo mundo de surpresa. Mas precisamos respeitar as normas, porque é uma situação muito delicada que o Brasil se encontra hoje. Então, é se cuidar ao máximo, para que isso acabe e volte tudo ao normal o mais rápido possível. Estou treinando em casa. Não é a mesma coisa, mas ficar parado é pior. É tentar voltar o mais próximo possível da condição ideal, para não perder muito tempo, dando continuidade ao trabalho. Foi bem bacana esses três meses, voltar fazendo a mesma coisa”, refletiu.
Vascaíno de nascença, Edu carrega o sonho de um dia poder atuar pelo time cruzmaltino. Ele revelou ao Esporte News Mundo os bastidores da infância na Colina e mostrou-se focado na conquista da oportunidade que tanto almeja.
“A respeito do Vasco, todo mundo sabe, deixo claro para todo mundo (que é torcedor). Desde criança, sempre em São Januário torcendo pelo Vasco, sempre no Caldeirão. Costumo dizer que carrego a cruz de malta no meu peito desde que nasci. Então, tenho esse sonho de jogar lá, tenho fé em Deus que eu vou continuar nessa pegada, nesse foco que eu estou, trabalhando muito firme. Papai do céu vai abençoar e me dar essa oportunidade”, finalizou.
Enquanto a bola não volta a rolar, o Imperador do Vale segue mantendo a rotina de treinamentos em casa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.