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Efeito Newcastle: clubes da Europa negociam com novos investidores bilionários
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Depois do Newcastle United ter sido comprado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita, administrado pelo bilionário saudita Mohammed bin Salman no início deste mês, aos poucos a ideia de vender o clube (ou parte dele) para investidores parece se tornar mais real do que se imaginava. Grandes clubes como West Ham e Porto já estão com conversas para cederem parte dos seus direitos econômicos, com o objetivo de se tornarem uma potência do futebol mundial.
Há alguns anos, Manchester City e PSG contam com um dono bilionário e o planejamento, a cada temporada que passa, faz com que esses dois clubes sejam destaque nas competições que participam. O resultado é evidente: desde que o sheik Mansour Bin Zayed Al Nahyan comprou o City em 2008, o clube venceu a Premier League cinco vezes, mais do que qualquer time no período. Além disso, vem chegando nas fases finais da Champions League, inclusive chegando à final da última edição na temporada 2020/21, perdendo para o Chelsea. O clube possui um grande patrimônio e não tem problemas na compra de jogadores, permitindo com que o elenco seja formado do jeito que o técnico deseja.
Já o PSG, comprado em 2011 pelo empresário Nasser Al-Khelaifi, fez uma dinastia na França e conquistou o título da Ligue 1 em sete anos desde a chegada do novo investidor. Chegou também na final da Liga dos Campeões pela primeira vez na temporada 2019-20, perdendo para o Bayern de Munique. O clube é ligado com as milionárias contratações de grandes jogadores, como Mbappé, Neymar e Lionel Messi.
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Seguindo esses passos, o Newcastle foi vendido para Mohammed bin Salman e já conta com planejamento para as próximas temporadas de se tornar uma potência no futebol europeu, com as contratações de treinador e jogadores que, com o ex-dono, seriam impossíveis de serem concretizadas. Dessa forma, outros clubes também projetam ceder sua parte para novos investidores bilionários, como West Ham e Porto.
O FC Porto está com problemas financeiros, principalmente devido a pandemia da Covid-19, com perda de 116 milhões de euros (R$765 milhões). Segundo o jornal AS, os atuais donos estão dispostos a vender parte do clube, ação que foi de certa forma obrigatória devido às finanças do clube. Os proprietários estão esperançosos e acreditam que o Porto é um time com visibilidade que vai além de Portugal, mais ainda do que o próprio Newcastle. Em todas as temporadas estão presentes na Champions League e fazem boas campanhas, principalmente na última temporada, chegando até as quartas de final da competição.
No caso do West Ham, seus donos estão dispostos a venderem 27% do clube (que hoje está avaliado em £600 milhões, em torno de R$4,85 bilhões) para o bilionário tcheco Daniel Kretinsky. Os atuais empresários do West Ham, ao contrário dos clubes que contam com donos bilionários, não pretendem vender o clube totalmente, apenas parte dele. É esperado que o negócio seja fechado já nos próximos dias. O time não é um dos principais da Inglaterra e este pode ser o motivo para buscarem essa forma de investimento, com o intuito de conquistarem um nível elevado dentro do futebol inglês.
Com essas movimentações dos clubes em busca de investidores, a realidade do futuro do futebol tende a ser essa. E é uma ação que pode incentivar clubes do mundo (inclusive do Brasil) a seguirem os mesmos passos.