América-MG

Em crônica, torcedor se apega a lendas e a Lisca por título do América: ‘Coelho precisa que a bola corra em seu ritmo’

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Torcedor do América-MG renova esperanças para final contra o Atlétici-MG (Foto: Mourão Panda)
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Por João Victor Lopes*, especial para o Esporte News Mundo

Meu avô, que ainda está firme e forte no auge da sua juventude octogenária, tinha diversas manias ao torcer pelo Coelho no nosso saudoso Independência antigo. Responsável por me introduzir à paixão pelo América, lá pelos idos de 2001, não só lembro-me de suas superstições e traquejos, mas também as aprendi e, inconscientemente, carrego-as comigo. Sentado no seu pedaço de cimento cativo, na curva da Pitangui, ele sempre falava em voz alta quando a bola estava para sair pela linha lateral ou de fundo: ‘’corre, bola!’’. Juro que sempre que ele proferiu tais palavras, o atacante adversário nunca conseguiu chegar à redonda. Lendas saudáveis a parte, sábado é dia de cada um se agarrar as suas crendices para levantarmos a taça de Campeão Mineiro de 2021.

Na decisão o Coelho precisa que a bola corra em seu ritmo, tendo em vista que precisa reverter a vantagem conquistada pelos alvinegros do bairro de Lourdes na primeira fase do torneio. Lisca e seus comandados demonstraram no primeiro round do certame que sabem cada passo do que devem fazer ao conseguirem equiparar forças com um time muito mais qualificado tecnicamente. O aguerrido time americano compensa seus pontos fracos e eventuais falhas com muita obediência e eficiência tática. Porém, infelizmente, percebe-se que ainda falta um pouco de qualidade para aproveitarem as chances criadas.

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No esquadrão americano a boa atuação de algumas pedras fundamentais do time será essencial para a conquista. O arqueiro Cavichioli, apesar de uma desconfiança justificada de parte da torcida, vem passando segurança e tem exercido um papel fundamental na ligação da defesa com o ataque, com seus lançamentos precisos. No comando da cozinha americana, Eduardo Bauermann tem sido o beque que impõe respeito e, quase, não dá espaço para os oponentes. Juninho e Zé Ricardo são os termômetros do time e se eles vão bem, o time também vai. Não muito distante desse papel também se encontra Alê. Apesar de a sua função ser mal compreendida por críticos, o seu papel tático é essencial no esquema do Doido. Na frente dependeremos de um dia inspirado de Nazário, que vem em baixa, e dos gols do artilheiro Rodolfo. Ainda não se sabe se Ademir será titular, mas ele já mostrou que merece a vaga. Dor de cabeça para o comandante.

Neste sábado, 16:30h, voltaremos ao Mineirão, cenário de tantas batalhas pela sobrevivência do nosso pavilhão tricolor. É um jogo que significa muito para Lisca, seus comandados e nós, a torcida Americana. Há muito tempo nosso treinador merece um título para coroar sua frutífera e vitoriosa passagem pelo Lanna Drummond. Lembremos que a conquista do Campeonato Brasileiro da Série B foi vergonhosamente tirada das mãos de Luís Carlos e, consequentemente, das nossas, devido a vergonhosas, equivocadas e impunidas decisões de arbitragem. Enfim, voltando ao futuro sábado, as auras de Lula Pereira e Givanildo, Alessandro e Danilo, estarão presentes no Gigante da Pampulha. Cabe ao time do América se inspirar nos heróis passados e fazer história. Que a pelota corra ao nosso favor.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Esporte News Mundo

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