Flamengo
Em primeiro teste da maratona de jogos, Flamengo é pouco inspirado e preocupa
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Na noite desta quarta-feira (6), o Flamengo começou uma das sequências mais importantes, se não a mais, da temporada. Justamente agora, que terá diversos desfalques por conta das seleções nacionais. Caso ainda sonhe com o tri-campeonato brasileiro, o Rubro-Negro vai precisar de uma exibição melhor do que a deste empate em 1 a 1, diante do Bragantino.
O que a partida diante da equipe paulista mostrou foi que Renato vai ter que quebrar a cabeça para fazer esse segundo pelotão render pelo menos metade do que rende a equipe titular. O potencial está ali, disso ninguém duvida, mas o que foi apresentado até aqui preocupa e precisa ser solucionado, caso o Rubro-Negro busque uma arrancada rumo ao título.
No primeiro tempo, o Flamengo se postou bem, fez uma marcação forte no meio campo e conseguiu aproveitar as roubadas de bola naquele setor para criar oportunidades. Foi desta maneira que chegou ao gol, após Vitinho fazer o desarme e servir Pedro dentro da área.
Antes disso, o atacante já havia perdido uma grande chance, dentro da pequena área, onde não conseguiu finalizar. Do outro lado, o Bragantino não conseguiu criar grandes oportunidades e ficou muito preso à marcação forte do Flamengo.
Mesmo com os pontos positivos, a primeira etapa ainda foi abaixo do que se espera dessa equipe de Renato, mesmo com os desfalques da equipe. A segunda etapa, no entanto, foi o que mais preocupou.
Perdendo o jogo, a equipe paulista se lançou ao ataque. Nos primeiros 15 minutos, o Rubro-Negro não conseguiu passar do meio campo. Quando não tentava uma ligação direta, o sistema defensivo errava na saída de bola. E foi assim que saiu o gol de empate.
Matheusinho tentou sair jogando, mas exagerou na força e deu de graça para a zaga adversária. A bola então chegou em Artur, que tirou a marcação de Léo Pereira com apenas um toque na bola e acertou uma linda finalização, no ângulo do goleiro Gabriel Batista, que já havia salvo o Flamengo minutos antes.
O empate fez a partida se equilibrar novamente, mas a equipe de Renato tinha muita dificuldade em criar. Andreas, atuando mais a frente do que nos últimos jogos, não foi bem, assim como Thiago Maia. O que pareceu foi que o time cansou.
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Sem forças e sem inspiração, o Flamengo tentava, mas pecava na qualidade dos passes e nas escolhas erradas na hora de fazer a jogada individual. Michael e Kenedy entraram, mas pouco fizeram. Pedro ficou muito isolado e praticamente não tocou na bola.
Resumidamente, este segundo pelotão do Flamengo tem dificuldades quando o adversário encurta os espaços. Andreas atuando como meia avançado até agora não correspondeu da mesma forma que joga quando atua como segundo volante, pois ele pega a bola mais na frente e tem menos espaço para pensar a jogada. Kenedy ainda não disse a que veio, e Vitinho ainda é um jogador que ninguém sabe se vai jogar bem ou mal.
Foi o primeiro teste sem os titulares nesta longa sequência de jogos. O resultado e a atuação preocupam, mas pela qualidade das peças que tem em mãos, Renato pode e deve esperar evolução. Somente assim o Flamengo poderá sonhar com uma arrancada que resultará no tão sonhado tri-campeonato.