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Em temporada de frustrações, Ceará tenta encerrar ano com vitória que não vem há 11 jogos

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FOTO: GETTY IMAGES
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Frustração. Essa palavra define perfeitamente como foi a temporada para o Ceará e para os torcedores alvinegros. O ano marcado por eliminações traumáticas em mata-matas e mau desempenho no Campeonato Brasileiro teve como maior revés o rebaixamento à Série B após 5 temporadas na elite. Um golpe duríssimo para os adeptos do Vozão, que, por punição imposta pelo STJD, sequer poderão estar presentes no Castelão neste domingo (13), às 16h, quando o time encerra sua participação no Brasileirão contra o Juventude e tentará quebrar um jejum que já dura 11 jogos.

Para isso, o treinador Juca Antonello, que vai em busca de sua primeira vitória à frente da equipe, não poderá contar com Richard (suspenso), Rodrigo Lindoso, Messias, Lucas Ribeiro, Matheus Peixoto e Michel Macedo (departamento médico). Dessa forma, a provável escalação deve ter Richard; Buiú, David Ricardo, Marcos Victor e Kelvyn; Léo Rafael, Guilherme Castilho, Geovane e Erick; Iury Castilho e Jhon Vázquez.

O Juventude de Celso Roth, lanterna da competição, vem ao Castelão sem seis titulares, todos suspensos. Em contrapartida, Paulo Miranda, Moraes e Vitor Gabriel retornam ao time. Os onze do Ju devem ser: César; Rodrigo Soares, Thalisson, Vitor Mendes e Dudu; Pará, Yuri Lima, Gabriel Tota e Moraes; Ruan e Vitor Gabriel

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As frustrações alvinegras

O primeiro baque do ano ocorreu no Campeonato Cearense. Mesmo tendo a vantagem de estrear direto nas quartas de final do estadual por estar disputando a Copa do Nordeste, o Ceará foi eliminado para o Iguatu em dois jogos: venceu por 2 a 1 a partida de ida, mas perdeu por 1 a 0 no jogo de volta e caiu por 4 a 3 nas cobranças de Pênaltis.

A segunda queda foi mais decepcionante e veio justamente na Copa do Nordeste, novamente em disputa de pênaltis e mais uma vez nas quartas de final. Após fazer a melhor campanha na fase de grupos, o time teve pela frente o CRB, que sofreu para conseguir a vaga nas quartas e chegou como azarão para encarar o Alvinegro em um Castelão lotado. Os alagoanos seguraram um 0 a 0 no tempo normal, perderam os dois primeiros pênaltis, mas venceram a disputa por 4 a 3 (novamente) numa virada incrível que teve direito a 3 defesas e 1 gol do goleiro regatiano Diogo Silva.

O terceiro insucesso foi difícil de engolir, pois veio diante do maior rival na Copa do Brasil. Depois de ter passado pela Tuna Luso na terceira fase da competição nacional, o Ceará encarou o Fortaleza nas oitavas: perdeu por 2 a 0 na ida e venceu por 1 a 0 na volta. O drama foi ainda maior porque Vina, estrela do time, acertou uma bola no travessão no finzinho do jogo e chorou muito a eliminação.

A quarta e mais sofrida eliminação em mata-matas veio na competição onde o Vozão mais rendia e encantava: a Copa Sul-Americana. A fase? As quartas. Como? Nos Pênaltis. O placar? 4 a 3 outra vez. Única equipe 100% da fase de grupos, o Ceará venceu todos os seus jogos com autoridade (marcou 17 gols e sofreu apenas 1) e manteve o excelente desempenho nas oitavas, quando despachou o The Strogest (BOL) com mais duas vitórias e um 5 a 1 no agregado. O adversário das quartas seria o tradicional, porém inconstante, São Paulo. A derrota por 1 a 0 no Morumbi não condisse o que foi o jogo e deixou o Alvinegro confiante para a volta no Castelão. Lá, vitória por 2 a 1 nos 90 minutos, mas derrota de virada (outra) nas penalidades para enlouquecer qualquer torcedor.

Porém, nenhuma das frustrações foi maior que o rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Por estar dividido entre 3 frentes até o mês de agosto (Copa do Brasil, Sul-Americana e Brasileirão), o Ceará acabou não conseguindo manter na Serie A o desempenho que vinha tendo na competição internacional, que era seu principal objetivo. Contudo, após a eliminação na Sul-Americana, o time não conseguiu se reerguer, flertou várias vezes com o Z4 e, na reta final do Brasileirão, engatou uma sequência de 11 jogos sem vitórias que culminou no rebaixamento à Série B restando ainda uma rodada para ser disputada.

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