Atlético-MG
Empresa de investigação descobre furos na gestão Kalil no Atlético-MG; dirigente teria usado dinheiro do clube para ações pessoais
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Em maio deste ano, o Atlético-MG divulgou o balanço geral financeiro referente ao ano de 2019. Na mesma época, o presidente Sérgio Sette Câmara aproveitou para informar que o clube tinha fechado contrato com a empresa de investigação, a Kroll.
A empresa fez trabalho que foi elogiado no rival, Cruzeiro, sobre as gestões do clube. Foi a Kroll que descobriu furos e más gestões, com dirigentes utilizando o dinheiro para uso próprio no time celeste.
E no Galo, a história parece não ser diferente. O Esporte News Mundo teve acesso a documentos da Kroll sobre a gestão Alexandre Kalil entre 2010 e 2015. Nos papéis, há ações suspeitas envolvendo o ex-presidente, como uso de dinheiro do Atlético para viagens pessoais.
A Kroll identificou uma relação entre o clube mineiro e a empresa de viagens Unitour. Os documentos mostram que no dia 06 de dezembro de 2013, a Unitour emprestou R$ 600 mil ao Atlético e já no dia 10 do mesmo mês, o time pagou esse empréstimo sem juros ou reajuste. No entanto, a empresa não encontrou nenhum contrato de empréstimo entre as partes.
VIAGENS COM O DINHEIRO DO CLUBE
Além disso, a Kroll também identificou que a Unitour intermediava viagens de dirigentes que não estavam relacionadas com as atividades do clube. Para a empresa de investigação, embora haja possibilidade das despesas terem sido pagas com o dinheiro do Atlético, não é possível ter certeza, devido ao fato dos registros contábeis não detalharem o motivos da emissão das notas fiscais.
Ainda na análise dos dados, foram identificadas várias comunicações entre funcionários do clube mineiro e da Unitour referentes a viagens de Alexandre Kalil. De acordo com as datas e locais levantados, não havia atividades do Atlético em várias situações dessas viagens. O exemplo citado é de 2010, quando houve viagem e hospedagem para seis pessoas em Aruba, no Caribe, no valor de 30 mil reais.
CONFIRA OS DOCUMENTOS:
Ou uma viagem de ano novo para Dubai no valor de 30 mil dólares, que na época era pouco mais de 50 mil reais.
Há também uma lista do fim de 2010 até o início de 2015 com viagens e hospedagens com gastos em quase de 400 mil reais. Já que além do ano novo em 2010 em Dubai, houve, por exemplo, também um no novo em 2013 na África do Sul custando mais de 50 mi reais.
Nessa lista contém também transações feitas com viagens dos familiares de Kalil, como passagens e hospedagens de João (filho de Kalil) e Gisele (esposa de João) em Londre e Paris.
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