Automobilismo
Era Gen3 chega à Fórmula E repleta de novidades
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Com novo carro e novo regulamento esportivo, Fórmula E está pronta para mais evolução
Novas equipes, novas pistas, novas regras e um novo carro. Repleta de novidades, a 9ª temporada da Fórmula E promete ser um dos melhores campeonatos já realizado pela categoria de carros elétricos, que terá início no dia 14, no autódromo Hermanos Rodriguez, na Cidade do México.
Ao todo, serão 16 corridas entre os meses de janeiro e julho, em onze cidades, sendo quatro estreantes: Hyderabad (ÍND), Cidade do Cabo (AFS), São Paulo e Portland (EUA). O mundial se encerra nos dias 29 e 30 de julho com rodada dupla em Londres.
Além dos novos cenários, a grande atração deste ano fica por conta da terceira geração de monoposto elétrico, o Gen3. O mais leve e rápido carro elétrico do mundo está repleto de avanços tecnológicos quando comparado á geração anterior, e promete ser um enorme desafio para pilotos e equipes.
A Era Gen3
As quatro primeiras temporadas da Fórmula E contou com o Gen1, um carro que se diferenciava muito pouco dos fórmulas que vemos nas demais categorias, com a exceção de não ser um monoposto a combustão e sim, o primeiro totalmente elétrico.
A bateria era um enorme desafio e por isso, cada piloto contava com dois carros, sendo que durante a corrida era realizada uma troca de carros nos boxes: o piloto estacionava o carro que tinha utilizado, saltava dele e pulava no outro.
A partir do quinto ano da Fórmula E, chegou o Gen2, o qual já contava com uma bateria de autonomia maior e que encerrou a troca de carros durante as provas. Mais veloz e com uma aparência futurista (a qual rendeu o apelido de Batmóvel), o carro foi uma evolução em todos os sentidos.
Após quatro anos, surge o novo passo da evolução dos carros elétricos com o Gen3, que novamente dá um salto em todos os sentidos em relação a seu antecessor. Começando pelo peso: 60 kg a menos do que o Gen2.
O Gen3 também é menor que o anterior, tem menos carenagem, e sem nenhum sinal da asa traseira habitual em fórmulas (um conceito que já existia no Gen2, mas não tão radical quanto agora) e que talvez por isso, cause um estranhamento a primeira vista.
O powertrain agora é dividido em duas partes, com uma parte na dianteira e outra na traseira do carro. O sistema de frenagem é totalmente novo e desta vez, não conta com freios hidráulicos, e será responsável por boa parte da regeneração de energia da bateria. Com isso, o Gen3 poderá atingir a velocidade máxima acima de 322 km/h (200 mph), sendo que mais de 40% da energia usada em uma corrida produzida pela frenagem regenerativa.
A bateria também sofreu um update e voltou a ser fabricada pela Williams Advanced Engineering, que era responsável pelas baterias na Era Gen1. Com maior autonomia que sua antecessora, ela terá capacidade de carregamento de velocidade ultra-alta de 600kW para energia adicional durante uma corrida.
Por fim, o Gen3 também marca a chegada de um novo fornecedor de pneus: após oito anos, a Michelin deixa o mundial e agora os pneus dos novos carros serão da sul-coreana Hankook. Com compostos ainda mais duro que o antecessor, os novos pneus prometem garantir aderência tanto em pista seca quanto em pista molhada.
Novidades no grid
Após ter dominado as duas últimas temporadas do Mundial de Fórmula E, a Mercedes deixou a competição, mas o grid da categoria tem novidades e novas marcas icônicas do automobilismo.
A Maserati retorna a um campeonato mundial após décadas longe das pistas. Assumindo o posto da monegasca Venturi, vice-campeã na temporada passada, a marca italiana chegou na Fórmula E mostrando serviço logo de cara, liderando a maioria da sessões de testes de pré temporada realizada em Valência na primeira quinzena de dezembro.
Outra marca icônica que se junta às demais no grid da Fórmula E é a McLaren. O time de Woking, que é um dos principais nomes da história da Fórmula 1, finalmente terá a chance de lutar pelo mundial dos carros elétricos, ocupando o lugar da Mercedes.
A ABT, parceira técnica da Audi nos primeiros seis anos da Fórmula E, retornou a categoria após um hiato de dois anos. E com a saída da Techeetah do grid, a DS agora é parceira da Penske.
Regulamento
Durante a Era Gen2 os eprix (como são chamadas as corridas da Fórmula E) tinham a duração determinada por tempo (45 minutos). Com a chegada do Gen3, a duração voltará a ser por quantidade de voltas, como era nos primeiros anos do Mundial.
O Fanboost, sistema de aumento de potência que era liberado para os cinco pilotos mais votados antes e durante a prova, foi encerrado e não estará presente a partir deste ano.
Já o Modo Ataque, carga extra de potência que os pilotos acionam ao usar um trecho fora do traçado habitual, segue no Mundial, mas com a possibilidade de utilização diferenciada dos anos anteriores, permitindo novas estratégias durante as provas.